Sonda Rosetta e módulo de aterragem Philae (ilustração) - Fonte: wikipédia
Neste período solitário da sua missão de mais de 10 anos, a sonda irá rodopiar lentamente aproximando-se cada vez mais do cometa 67-P/Churyumov-Gerasimenko, e afastando-se quase 1000 milhões de km da Terra e 800 milhões de Km do Sol. Será a nave mais distante a funcionar só com energia solar.
No interior da nave ficam activos, apenas, o computador de bordo e aquecedores diversos. Estes vão receber energia dos painés solares e serão ligados periodicamente para assegurar que a sonda não congela até Janeiro 2014, altura em que se prevê ser reactivada.
Terra Crescente (pólo sul), vista da nave espacial Rosetta ao partir para o espaço, depois de receber um impulso gravitacional do nosso planeta - Crédito: ESA ( MPS para OSIRIS Team), MPS / LAM / UPD / IAA / INTA / DSMS / UPM / DASP / IDA
Antes de entrar em hibernação, a Rosetta vai ser orientada para que os seus painéis solares fiquem voltados para o Sol e será colocada em rotação lenta, o que irá estabilizar a sonda.
A missão de 11 anos da sonda Rosetta começou em 2 de Março de 2004, com o objectivo de atingir e estudar o cometa 67-P/Churyumov-Gerasimenko, previsto para 2014. Depois de chegar, vai entrar em órbita em torno do cometa e ficar com ele durante muitos meses, caminhando para o Sol.
Na sua viagem até ao cometa 67-P, a sonda Rosetta sobrevoou e observou outros dois asteróides: (2867) Steins em 2008 e (21) Lutetia em 2010, ambos localizados no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter.
O crescente iluminado da Terra mostrando parte da América do Sul e Antárctida, imagem obtida pela sonda Rosetta em 2009, na sua partida para o espaço - Crédito: ESA © 2009 MPS da MPS Team OSIRIS / LAM / UPD / IAA / INTA / DSMS / UPM / DASP / IDA
A Rosetta será a primeira missão de sempre a pousar num cometa. Enquanto Rosetta estuda o cometa em órbita próxima, o módulo Philae, depois de aterrar no cometa em Novembro de 2014, irá obter as medições da superfície. A missão irá fornecer pistas sobre o início do Sistema Solar há 4,6 biliões de anos, pois os cometas são constituídos por alguns dos materiais mais primitivos, não transformados no Sistema Solar.
Espera-se que a sonda Rosetta consiga decifrar os enigmas da formação do Sistema Solar, assim como a Pedra de Rosetta ajudou a decifrar os hieróglifos egípcios antigos.
Fonte: ESA
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