Afinal não era verdade. Nenhum rabino mandou apedrejar o cão, que até era cadela. O animal foi apedrejado, mas por iniciativa de algumas crianças, que foram mandadas parar por adultos.
O jornal espanhol online, El Mundo.es, publica hoje uma crónica "A falsa notícia do cão apedrejado" sobre a notícia divulgada por alguns jornais, em 18 de Junho, em que rabinos de um tribunal da Corte Rabínica, em Jerusalém, teriam mandado apedrejar um cão porque o consideravam a reencarnação de um advogado laico que insultou o tribunal, há 20 anos.
Segundo a crónica do El Mundo.es, para o jornalista Arel Segal, que entrevistou um dos rabinos do tribunal, "É verdade que na comunidade ultra-ortodoxa não existem grandes amantes de cães, mas depois de conversar com várias pessoas e das investigações no local, a história foi a seguinte: algumas crianças tentaram expulsar o cão e alguns atiraram pedras contra ele até os adultos os forçarem a parar. Nem reencarnação nem apedrejamento".
Não sei como é possível haver versões tão diferentes do mesmo acontecimento. Onde está a verdade?
Mesmo sendo falsa, a primeira notícia é fácil de ser aceite como verdadeira. Como não vou acreditar que alguém mandou apedrejar um cão, se eu sei que no mundo há tantos seres humanos, e muitos são mulheres, que também são apedrejados?
Reencarnação? Há pouco tempo soube-se que um macaco entrou numa aldeia da África do Sul, foi apedrejado, regado com gasolina e queimado vivo, por ser considerado "bruxo". E tudo indica que a notícia não era falsa.
Segundo a crónica do El Mundo, o primeiro meio que deu a notícia foi a Web ultra-ortodoxa Bejaderi jaredim, a mesma comunidade onde supostamente se verificaram estes acontecimentos.
Resta o ponto comum nestas duas versões da "história" - o animal foi apedrejado.
Fonte: El Mundo.es
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