A seca já dura há anos e, sobretudo nos últimos dois anos, a falta de chuva provocou uma crise alimentar importante nessa região. Em muitas zonas, em particular no Quénia, Etiópia e Somália, pode dizer-se que já existe fome. As culturas agrícolas foram afectadas e o preço dos cereais aumentou, dificultando ou impedindo o acesso a alimentos básicos.
A malnutrição nas crianças é uma preocupação para as Nações Unidas, que prevêem um aumento das taxas de mortalidade - que já são elevadas.
De acordo com os dados da ONU, a seca afecta 3,2 milhões de pessoas no Quénia; 2,6 milhões de pessoas na Somália; 3,2 milhões na Etiópia e 117 mil em Djibuti.
Por sua vez, a organização humanitária Save The Children anunciou que, todos os dias, cerca de 1300 pessoas – entre as quais 800 serão crianças – estão a fugir da Somália para o Quénia, por causa da seca e da guerra.
De acordo com dados do Alto Comissariado para os Refugiados, cerca de 20 mil somalis chegaram nas duas últimas semanas a um acampamento em Dadaab, no noroeste do Quénia.
“Uma em cada três crianças na Somália está malnutrida”, afirmou Elisabeth Byrs, porta-voz do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanos das Nações Unidas, e a falta de financiamento está a limitar a intervenção das organizações internacionais.
Fonte: Público.pt
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