Ilustração sobre as duas sondas Voyager da NASA, atravessando uma região turbulenta da heliosfera (heliosheath), na orla do Sistema Solar, com a Voyager 1 na frente e podendo entrar no espaço interestelar em breve. O Sol emite uma corrente de partículas carregadas que formam uma bolha em torno do nosso sistema solar conhecida como heliosfera. Fora da helioesfera é o espaço interestelar, onde o vento interestelar - soprando da esquerda na imagem - forma uma onda de choque em arco quando encontra a helioesfera (arco de cor clara) - Crédito: NASA/JPL-Caltech
Analisando os dados recentes da Voyager, da NASA, e da sonda Cassini, os cientistas calcularam que a Voyager 1, depois de quase 34 anos de viagem, poderia passar a fronteira do espaço interestelar, a qualquer momento e muito mais cedo do que se pensava. As descobertas estão publicadas na edição desta semana da revista Nature.
Pela primeira vez em Dezembro de 2010, os instrumentos da Voyager indicaram que a velocidade do vento solar diminuiu para zero, mantendo-se assim, pelo menos, até Fevereiro de de 2011. Esta paragem do vento solar - partículas carregadas que fluem do Sol - marca uma "zona de transição" (heliosheath) na orla do nosso Sistema Solar.Os cientistas combinaram os novos dados da Voyager com as medições feitas pela câmara de iões e partículas neutras da sonda Cassini, que colheu dados sobre átomos neutros fluindo no nosso Sistema Solar a partir do exterior.
A análise indica que a zona de fronteira entre o espaço interestelar e a bolha de partículas carregadas que o Sol emite á sua volta (heliosfera) está provávelmente entre 16 e 23 biliões de Km do Sol, sendo a melhor estimativa de cerca de 18 biliões de Km. Como a Voyager 1 já se afastou quase 18 biliões de km, pode cruzar o espaço interestelar, a qualquer momento.
Os cientistas vão continuar a analisar os dados da Voyager 1, procurando uma confirmação. A Voyager 2 está a cerca de 14 biliões de Km do Sol, não está tão perto da orla do Sistema Solar.
Há quase 34 anos que as sondas gémeas Voyager se afastam da Terra, em direcção ao espaço interestelar. Foram lançadas em 1977 e são os projectos do homem que mais longe foram no espaço.
Fonte: NASA
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