Os resultados são descritos na edição de 9 de Junho (hoje) da revista científica Astrophysical Journal.
As bolhas magnéticas na orla do Sistema Solar têm cerca de 160 milhões de Km de largura, semelhante à distância entre a Terra e o Sol - Crédito: NASA
A Voyager 1 entrou na "zona de espuma" por volta de 2007, e a Voyager 2, um ano depois. Elas encontram-se na região de fronteira, a heliosfera, prestes a sair do Sistema Solar. Nesta área, o vento solar e o campo magnético solar são afectados pelo material expelido por outras estrelas da nossa galáxia.
As duas visões da heliosfera, a antiga (esquerda) e a nova (direita). As espirais vermelhas e azuis representam as linhas de campo magnético de modelos ortodoxos. As informações das sondas Voyager acrescentaram a "espuma magnética" na orla do Sistema Solar (direita)- Crédito: NASA
De acordo com o astrónomo Merav Opher, da Universidade de Boston, "O campo magnético do Sol estende-se até à orla do Sistema Solar. Como ele gira, o seu campo magnético fica distorcido e enrugado, um pouco como a saia de uma bailarina. Bastante longe do Sol, onde se encontram as Voyager agora, os folhos das saias estão em cima".
A compreensão da estrutura do campo magnético solar permitirá que os cientistas possam explicar como os raios cósmicos galácticos entram no nosso Sistema Solar e ajudando, também, a definir como a nossa estrela interage com o resto da galáxia.
Crédito: NASA
Esta animação mostra o efeito do novo cenário de raios cósmicos galácticos. Os limites da heliosfera são muito importantes para proteger o interior do sistema solar a partir do fluxo de raios cósmicos galácticos. O heliopausa, a última região que nos separa do resto da galáxia, age mais como uma membrana que é permeável a raios cósmicos galácticos do que um escudo que desvia as partículas energéticas. Os raios cósmicos galácticos lentamente vagueam na heliosfera e podem ficar retidos no mar de bolhas magnéticas.
Fonte: NASA / ScienceDaily
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