A descoberta foi feita pelo arqueólogo Alexander Yanevich, da Academia Nacional das Ciências da Ucrânia, na gruta Buran-Kaya (na cordilheira da Crimeia), que servia de abrigo, em escavações feitas em 2001, 2009 e 2010.
Foram encontrados ossos e dentes fossilizados do Homo Sapiens - Crédito: PLoS One
Para além de fragmentos de ossos humanos e dentes, entre os fósseis encontrados existem ferramentas, restos de animais e objectos decorativos fabricados de marfim. Os investigadores relacionaram estes objectos com a cultura gravetense, que se espalhou pela Europa nessa época. O nome vem do sítio arqueológico La Gravette, em França, onde foram descobertos os primeiros vestígios desta cultura.
Objectos decorativos encontrados na gruta Buran-Kaya - Crédito: PLoS One
Segundo o estudo, as características das peças dentais e a morfologia dos ossos occipitais (no crânio) sugerem que eram humanos anatomicamente modernos.
A datação por radiocarbono revelou que os restos humanos têm 32 mil anos: “São as mais antigas provas directas da presença de homens anatomicamente modernos [no Sudeste da Europa], num contexto arqueológico bem documentado”, escreve a equipa de Yanevich.
Indústria lítica da gruta Buran-Kaya - Crédito: PLoS One
A descoberta destes fósseis pode dar novas pistas para compreender as migrações dos primeiros humanos modernos, nomeadamente a sua expansão pela Europa durante o Paleolítico superior (33.000-9.000 a. C, aproximadamente), onde entraram então em contacto com os Neandertais, extintos há 28 mil anos. De qualquer modo os achados revelaram novas informações sobre as suas tradições e cultura.
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