SN 1987A é cercada por um anel de material que foi ejectado da estrela progenitora, milhares de anos antes da extrela explodir. O anel tem cerca de um ano-luz (6 triliões de Km) de largura. Dentro do anel, a nuvem de detritos está em expansão - Crédito: NASA, ESA e Challis Pete (Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica)
Num novo estudo, publicado em 9 de Junho, na revista Nature, uma equipa de astrónomos anunciou que a supernova, cujo brilho havia diminuido gradualmente, voltou a brilhar, duas ou três vezes mais do que na sua fase mais escura. Depois de 14 anos em que foi vista pela primeira vez, o seu brilho dimimuiu à medida que os elementos radioactivos produzidos pela supernova se iam deteriorando. Isso mostra que uma fonte de energia diferente iniciou a luz dos escombros, e marca a transição de uma supernova para um resíduo de supernova.
"A Supernova 1987A tornou-se a mais jovem supernova remanescente visível para nós", disse Robert Kirshner, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CFA), que conduz o estudo a longo prazo da SN 1987A com o Telescópio Espacial Hubble.
A maior parte da luz de uma supernova é proveniente do decaimento radioactivo de elementos criados na explosão. Como resultado, ela desaparece com o tempo. No entanto, os restos do SN 1987A começaram a brilhar, sugerindo que existe uma nova fonte de energia.
Um remanescente de supernova é constituído pelo material ejectado de uma estrela de explosão, bem como do material interestelar que varre. Os destroços da SN 1987A estão começando a impactar o anel à sua volta, criando ondas de choque poderosas que geram raios-X que a fazem brilhar e que foram observados com o Observatório Chandra de raios X. Estes raios, por sua vez, aquecem os restos da supernova e fazendo-a brilhar intensamente mais uma vez. Passa-se o mesmo com a supernova Cassiopeia A da nossa galáxia.
Fonte: Hubble/ESA / Comunicado de imprensa (Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica)
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