terça-feira, 4 de outubro de 2011

Nobel da Física distingue Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess e a sua descoberta sobre a aceleração do Universo

A bonita galáxia NGC 5584, a 72 milhões de anos-luz, na constelação de Virgem, contém cerca de 250 estrelas variáveis cefeidas e uma recente supernova do Tipo Ia, objectos-chave para a determinação de distâncias astronómicas. NGC 5584 é uma das oito galáxias usadas para observações adicionais do Telescópio Espacial Hubble com o objectivo de melhorar a medição da constante de Hubble - o taxa de expansão do Universo. Os resultados do estudo corroboram a teoria de que a energia escura realmente é responsável pela aceleração da expansão do Universo - Crédito: wikipédia/NASA, ESA, A. Riess (STScI/JHU), L. Macri (Texas A&M University), and Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

O Prémio Nobel da Física foi atribuído aos cientistas Saul Perlmutter, do Lawrence Berkeley National Laboratory (EUA), Brian Schmid, da Universidade Nacional Australiana e Adam Riess, da Universide Johns Hopkins (EUA) pela sua descoberta da aceleração da expansão do Universo através da observação de supernovas distantes.
Sabe-se que o Universo está a expandir-se como consequência do Big Bang, há cerca de 14 biliões de anos atrás. A expansão do Universo foi descoberta por Vesto Slipher, Carl Wirtz, Knut Lundmark, Georges Lemaître e Edwin Hubble, em 1920. A taxa de expansão depende do conteúdo de energia - um universo que só contém matéria eventualmente deve abrandar devido à força atractiva da gravidade. No entanto, observações de supernovas do tipo Ia (PND), a uma distância de cerca de 6 biliões de anos-luz, feitas por dois grupos de pesquisas independentes, liderados por Saul Perlmutter e Brian Schmidt e Adam Riess, respectivamente, revelaram que actualmente a taxa de expansão do Universo está acelerar.
Os astrónomos utilizaram supernovas do tipo Ia, uma explosão duma estrela compacta no fim da vida, mas tão pesada como o nosso Sol e pequena como a Terra. A supernova pode emitir tanta luz como uma galáxia inteira. Na sua pesquisa, eles encontraram mais de 50 supernovas distantes, cuja luz era mais fraca do que o esperado, um sinal de que a expansão do Universo está a acelerar.
Supõe-se que a aceleração na expansão é devida à energia escura, que continua sendo um dos maiores mistérios da Física actual, apesar de constituir cerca de três quartos do Universo. O trabalho destes cientistas contribuiu para desvendar um pouco mais deste Universo desconhecido.
Mais informações no site do Prémio Nobel

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