Ilustração de uma nave espacial robótica utilizando tecnologias avançadas de propulsão eléctrica solar (Solar Electric Propulsion) ou (SEP), que pode ser usada para encontrar, capturar e realojar um asteróide num ponto estável na vizinhança da Lua - Crédito:Analytical Mechanics Associates
O director da NASA, Charles Bolden, confirmou nesta quarta-feira (10 de Abril) que os Estados Unidos pretendem capturar um pequeno asteróide, e aproximá-lo da Terra para ser estudado.
O projecto de orçamento para 2014, apresentado neste mesmo dia pelo presidente Obama, e que deverá ser aprovado pelo Congresso, prevê 17.700 milhões de dólares (13.544 milhões de euros) para financiar os programas da NASA, onde se inclui uma verba (105 milhões de dólares) para a primeira fase do ambicioso plano para capturar um asteróide, chamado "Asteroid Initiative" (Iniciativa Asteróide), que é procurar uma rocha espacial que possa ser rebocada através de um robô para uma órbita estável próxima da Lua, previsto para 2019.
Seria uma rocha pequena, com cerca de 7 metros de diâmetro e 500 toneladas de peso, pois se caísse para a Terra não haveria perigo de impacto, porque iria desintegrar-se ao entrar na atmosfera terrestre.
Mais tarde, astronautas vão descer no asteróide, utilizando a cápsula Orion, actualmente em desenvolvimento, para a sua exploração e, ao mesmo tempo, testar diversas tecnologias.
A Estação Espacial Internacional continua sendo um objectivo importante no programa espacial dos Estados Unidos. O primeiro voo de teste da cápsula Orion, que substitui os vaivéns espaciais, será em 2014. Também continua a construção do telescópio espacial James Webb, sucessor do Hubble, para além das viagens a Marte e a um asteróide.
Juntamente com a investigação que está a ser realizada na Estação Espacial Internacional sobre como os humanos podem viver e trabalhar no espaço, esta missão de captura de um asteróide pretende dar a experiência necessária para enviar seres humanos a destinos mais longínquos do Sistema Solar como, por exemplo, visitar Marte em 2030 e visitar um asteróide em 2025, objectivos que continuam a fazer parte dos planos da NASA.
Em 2014, a agência espacial americana vai começar a desenvolver e a testar o protótipo de um mecanismo para capturar um asteróide.
A NASA ainda não estimou o custo total da missão, mas espera que seja inferior aos 2.650 milhões de dólares apontados, o ano passado, pelo California Institute of Technology.
O interesse pelos asteróides, sobretudo asteróides potencialmente perigosos, disparou depois que um pequeno asteróide explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk, ferindo cerca de 1.500 pessoas, em 15 de Fevereiro. No mesmo dia, outro asteróide maior, passou a 27.680 Km da Terra, muito perto dos satélites de comunicação que rodeiam o nosso planeta.
Os especialistas salientam a importância que a identificação dos objectos próximos da Terra tem para a investigação científica e para a procura tanto de asteróides perigosos como candidatos que possam ser capturados.
Acredita-se que esta missão vai ajudar a proteger o nosso planeta e originar novas descobertas como, por exemplo, acelerar o desenvolvimento de tecnologias de propulsão que usam energia solar.
Segundo a NASA, a realização deste projecto vai integrar “o melhor que se faz a nível de investigação científica, da tecnologia e as capacidades humanas de exploração”.
Uma animação sobre uma possível missão "Iniciativa Asteróide":
Fonte: El Mundo.es e NASA
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