Ilustração da galáxia HFLS3 detectada, pelo telescópio Herschel, com formação explosiva de estrelas, no início do Universo (menos de um bilião de anos) - Crédito: ESA–C. Carreau
Com a ajuda do telescópio espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia, astrónomos descobriram uma galáxia poeirenta muito distante, produzindo estrelas apenas 880 milhões de anos após o Big Bang, que criou o Universo há 13,7 biliões de anos, o que torna esta galáxia a mais antiga com formação explosiva de estrelas que se conhece.
A galáxia recém-descoberta, chamada HFLS3, é quase tão grande como a nossa Via Láctea, mas produz estrelas a uma taxa 2.000 vezes maior, uma verdadeira fábrica de estrelas do Universo primordial. Essas estrelas estão a formar-se a partir do gás interestelar extremamente rico em moléculas como o monóxido de carbono, amónia e água.
De acordo com as actuais teorias da evolução de galáxias, HFLS3 ou outras galáxias tão massivas não deveriam estar presentes logo após o Big Bang. As primeiras galáxias deveriam ser pequenas e, eventualmente, fundiram-se para formar os gigantes que existem no universo actual.
Essas pequenas galáxias primordiais tinham uma produção modesta de estrelas e, só mais tarde - quando o universo tinha um par de biliões de anos - começou a formar-se a grande maioria das galáxias maiores, com gás e poeira suficientes para produzir estrelas em quantidade.
Os astrónomos observaram que essas galáxias com produção explosiva de estrelas predominaram alguns biliões de anos depois do Big Bang.
A presença desta galáxia numa fase inicial do Universo (tem agora 13.700 milhões de anos) é considerada um enigma. De acordo com os astrónomos, encontrar outras galáxias semelhantes poderia constituir um desafio para as actuais teorias da formação de galáxias.
"Esta galáxia é apenas um exemplo espectacular, mas diz-nos que a formação extremamente vigorosa de estrelas é possível no início do universo", disse Bock, professor de física no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, e co-autor do artigo científico publicado na revista Nature.
Fonte: NASA e ESA
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