quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cientistas descobrem fábrica de estrelas no início do Universo

Ilustração da galáxia HFLS3 detectada, pelo telescópio Herschel, com formação explosiva de estrelas, no início do Universo (menos de um bilião de anos) - Crédito: ESA–C. Carreau

Com a ajuda do telescópio espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia, astrónomos descobriram uma galáxia poeirenta muito distante, produzindo estrelas apenas 880 milhões de anos após o Big Bang, que criou o Universo há 13,7 biliões de anos, o que torna esta galáxia a mais antiga com formação explosiva de estrelas que se conhece.
A galáxia recém-descoberta, chamada HFLS3, é quase tão grande como a nossa Via Láctea, mas produz estrelas a uma taxa 2.000 vezes maior, uma verdadeira fábrica de estrelas do Universo primordial. Essas estrelas estão a formar-se a partir do gás interestelar extremamente rico em moléculas como o monóxido de carbono, amónia e água.
De acordo com as actuais teorias da evolução de galáxias, HFLS3 ou outras galáxias tão massivas não deveriam estar presentes logo após o Big Bang. As primeiras galáxias deveriam ser pequenas e, eventualmente, fundiram-se para formar os gigantes que existem no universo actual.
Essas pequenas galáxias primordiais tinham uma produção modesta de estrelas e, só mais tarde - quando o universo tinha um par de biliões de anos - começou a formar-se a grande maioria das galáxias maiores, com gás e poeira suficientes para produzir estrelas em quantidade.
Os astrónomos observaram que essas galáxias com produção explosiva de estrelas predominaram alguns biliões de anos depois do Big Bang.
A presença desta galáxia numa fase inicial do Universo (tem agora 13.700 milhões de anos) é considerada um enigma. De acordo com os astrónomos, encontrar outras galáxias semelhantes poderia constituir um desafio para as actuais teorias da formação de galáxias.
"Esta galáxia é apenas um exemplo espectacular, mas diz-nos que a formação extremamente vigorosa de estrelas é possível no início do universo", disse Bock, professor de física no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, e co-autor do artigo científico publicado na revista Nature.
Fonte: NASA e ESA

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