quarta-feira, 17 de abril de 2013

Grande terramoto do Irão

A imagem mostra a área onde ocorreu o grande terremoto no Irão, em 16 de Abril de 2013. O solo aparece em tons de verde e bege, com as maiores altitudes em cor mais clara. A imagem foi obtida pelo satélite Terra, da NASA - Crédito: NASA/Earth Observatory

Nesta terça-feira (16 de Abril de 2013), o sudeste do Irão foi sacudido por um grande terramoto de magnitude 7,8. O sismo foi sentido nos países vizinhos, como o Paquistão e a Índia.
O terramoto, o maior que atingiu o Irão nos últimos 50 anos, resultou da colisão que está a verificar-se entre duas grandes placas da crosta terrestre, as placas da Arábia e da Eurásia. O epicentro localizou-se a cerca de 83 quilómetros a leste de Khash, uma cidade com uma população com mais de 70.000 habitantes.
A placa da Arábia desliza para norte-nordeste a uma velocidade de cerca de 37 milímetros por ano em relação à placa eurasiana, que é maior. As duas placas encontram-se numa área, conhecida por zona de subducção Makran,onde a placa da Arábia mergulha por baixo da placa maior da Eurásia. À medida que ela desce para o manto, onde eventualmente irá fundir, ocorrem sismos abaixo da superfície e ao longo do limite entre as duas placas.
A crosta terrestre está dividida em placas gigantes, placas tectónicas, que cobrem a superfície do nosso planeta, como as peças de um quebra-cabeças. As placas individuais movem-se constantemente, colidindo e desgastando-se umas contra as outras, enquanto deslizam sobre a camada fluida do interior da Terra, conhecida por astenosfera, provocando terramotos.

Localização das placas da Arábia e Eurásia (à direita) - Crédito: wikipédia

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, o terremoto resultou da falha Makran, a uma profundidade intermédia na litosfera da placa da Arábia, aproximadamente a 80 quilómetros (50 milhas) abaixo da superfície terrestre. No passado, esta placa descendente já causou sismos a profundidades da ordem dos 160 quilómetros nesta mesma área, embora a maioria tenha sido a maiores profundidades.
Fonte: NASA/Earth Observatory

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