terça-feira, 9 de abril de 2013

Estudo prevê o desaparecimento do sexo masculino em 5 milhões de anos, devido à fragilidade do cromossoma Y

Cariótipo humano (masculino), conjunto de 23 pares de cromossomas presentes numa célula de um indivíduo, ordenados em pares de homólogos. Os cromossomas do par 23 (canto inferior direito) são idênticos na mulher (XX) e diferentes no homem (XY) e denominam-se cromossomas sexuais. De acordo com o novo estudo, o cromossoma Y está mais frágil que o X - Crédito: wikipédia

Um estudo da investigadora australiana Jennifer Graves prevê que o sexo masculino esteja em extinção dentro de cinco milhões de anos, dada a fragilidade do cromossoma y (que determina o sexo masculino). A cientista explicou a sua investigação na palestra "O Declínio e a Queda do Cromossoma Y e o Futuro do Homem", na Academia Australiana de Ciência, e afirmou que o desaparecimento do cromossoma Y é "um acidente evolutivo".
A investigadora recordou que os homens têm cromossomas XY e as mulheres, XX. Além disso, actualmente a estrutura do Y (masculino) está mais frágil em relação ao X (feminino). Há três milhões de anos, o cromossoma Y tinha cerca de 1400 genes, agora tem menos de 100 e a tendência é diminuir, essa fragilidade pode significar o seu desaparecimento no futuro.
A mulher tem dois cromossomas X, cada um dos quais com cerca de mil genes. Embora tenha começado com um número de genes semelhante, o cromossoma Y foi-se desintegrando.
Jennifer Graves afirma não saber o que vai acontecer quando o cromossoma Y desaparecer totalmente, e refere uma espécie de roedor que vive no Japão, que consegue reproduzir-se sem o cromossoma Y.
Apesar da descoberta, a cientista não acredita no fim da humanidade. Pode acontecer que a desintegração gradual do cromossoma Y possa levar outro a desempenhar o seu papel, originando assim uma nova espécie. Outra possibilidade, é que o desenvolvimento tecnológico consiga corrigir essa falha genética.
Fonte: CiênciaHoje

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