Bonita imagem composta das crescentes luas de Júpiter, a vulcânica Io e Europa mais calma, obtidas a partir de duas imagens da sonda New Horizons, em 2 de Março de 2007, dois dias depois da sonda fazer a sua maior aproximação a Júpiter. A composição mostra as posições relativas de Io e Europa, que estavam passando uma pela outra na altura, embora separadas por 790.000 quilómetros. As imagens foram captadas a partir de 4,6 milhões de quilómetros de Io e 3,8 milhões de quilómetros de Europa.
O lado nocturno de Io aparece iluminado pela luz reflectida a partir de Júpiter, que está fora de cena, à direita. O lado nocturno de Europa está escuro, em contraste com Io, porque esse lado da lua fica virado para fora a partir de Júpiter - Crédito:NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute
Io (no topo) sobressai exibindo alguns dos seus vulcões. É o mundo com mais actividade vulcânica no Sistema Solar, com centenas de vulcões. Na imagem são visíveis três plumas vulcânicas. A mais evidente é a enorme nuvem do vulcão Tvashtar, com cerca de 300 quilómetros de altura, na posição de 11 horas no disco de Io. As outras duas plumas, muito menores, são: do vulcão Prometeu, na posição de 9 horas à beira do disco de Io, e do vulcão Amirani, visto entre Prometeu e Tvashtar, ao longo do terminador de Io (a linha que divide o dia e a noite).
A pluma do vulcão Tvashtar parece azul devido à dispersão da luz por pequenas partículas de poeira ejectadas, semelhante à aparência azul do fumo. Além disso, também se nota o contraste do brilho vermelho da lava quente na base da pluma do Tvashtar.
Na sua órbita à volta de Júpiter, Io é afectada pela enorme gravidade do planeta e ainda pela atracção, embora menor, exercida pelas luas vizinhas mais afastadas de Júpiter, Europa e Ganimedes. A forte atracção gravitacional destas duas luas, exercida na mesma posição orbital, distorce a órbita de Io que fica oval. Isto faz a lua mudar de forma enquanto orbita Júpiter.
Sempre que Io fica mais próxima de Júpiter, a poderosa gravidade do planeta gigante deforma a lua em direcção a ele. Quando se afasta, a força gravitacional diminui e a lua relaxa. Esta flexão repetida devida à gravidade provoca aquecimento de maré, pois cria atrito no interior de Io, que gera o calor tremendo que provoca o extremo vulcanismo da lua.
No entanto, permanece a questão de saber como esse aquecimento de maré afecta o interior da lua. De acordo com pesquisadores da NASA e da Agência Espacial Europeia, os vulcões de Io não estão localizados onde se esperava que estivessem, com base em modelos que predizem como o interior da lua é aquecido.
Esta seqüência de cinco imagens da sonda New Horizons capta a pluma gigante do vulcão Tvashtar de Io - Crédito:NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute
Pensa-se que o aquecimento de maré também pode ser ser responsável pelos oceanos de água líquida que possam existir debaixo das crostas de gelo de Europa e da lua Enceladus, de Saturno.
Como a água líquida é um ingrediente necessário para a vida, alguns pesquisadores propõem que a vida possa existir nesses mares subterrâneos, se estiverem presentes também uma fonte de energia utilizável e uma fonte de matérias-primas.
Europa e Enceladus são demasiado frios para suportarem água líquida à superfície. Por isso, uma melhor compreensão do modo como funciona o aquecimento de maré pode revelar como ele poderia sustentar a vida em lugares inóspitos do Universo.
Fonte: NASA
Europa e Enceladus são demasiado frios para suportarem água líquida à superfície. Por isso, uma melhor compreensão do modo como funciona o aquecimento de maré pode revelar como ele poderia sustentar a vida em lugares inóspitos do Universo.
Fonte: NASA
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