Galáxia NGC 5584, observada em luz visível pela Wide Field Camera 3 do Telescópio Espacial Hubble, em 2010. Está localizada na constelação Virgem, a 72 milhões de anos-luz de distância - Crédito: NASA, ESA, A. Riess (STScI/JHU), L. Macri (Texas A&M University), and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
Nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble, o brilho azul de jovens estrelas marca os graciosos braços em espiral da galáxia NGC 5584. Finas faixas de poeira escura parecem fluir do núcleo amarelado, onde estão as estrelas mais velhas. Os pontos avermelhados espalhados pela imagem, em grande parte são galáxias em plano de fundo.
Entre as inúmeras estrelas da galáxia, estão as estrelas pulsantes chamadas variáveis Cefeidas e um recente tipo de supernova Ia, uma classe especial de estrelas de explosão. Os astrónomos usam variáveis Cefeidas e supernovas do tipo Ia como indicadores de distâncias confiáveis para medir a taxa de expansão do Universo. NGC 5584 foi uma das oito galáxias que os astrónomos estudaram para medir a taxa de expansão do Universo. Nestas galáxias, eles analisaram mais de 600 variáveis Cefeidas, incluindo 250 em NGC 5584.
Localização das variáveis Cefeidas encontradas na galáxia espiral NGC 5584. Ultravioleta, visível e os dados infravermelhos tirados com a Wide Field Camera 3, em 2010, revelam Cefeidas de períodos variados. Cefeidas, com períodos menores que 30 dias, estão marcadas com círculos azuis, entre 30 e 60 dias com círculos verdes. Cefeidas, com períodos superiores a 60 dias (em menor número), estão marcadas a vermelho - Crédito: NASA , ESA , e L. Frattare ( STScI )
As Cefeidas têm um brilho intrínseco que é conhecido, um brilho não ofuscado pela distância, por uma atmosfera ou poeira estelar. As suas distâncias, portanto, podem ser inferidas comparando o seu brilho verdadeiro com o seu brilho aparente visto da Terra.
As variáveis Cefeidas pulsam (brilham e extinguem-se) com taxas que correspondem à sua luminosidade intrínseca, tornando-as ideais para medir distâncias de galáxias relativamente próximas. No entanto são demasiado fracas para serem encontradas em galáxias muito distantes. Para calcular distâncias mais longas, são escolhidas as estrelas supernovas do tipo Ia, que têm uma luminosidade semelhante e brilham o suficiente para serem vistas a distâncias relativamente mais longas.
Os astrónomos procuram supernovas do tipo Ia, em galáxias próximas que contêm variáveis Cefeidas, para que possam comparar o verdadeiro brilho dos dois tipos de estrelas. Usam estas informações para calibrar a medição das supernovas tipo Ia em galáxias distantes e calcular a sua distância da Terra. Logo que se conheçam, com precisão, as distâncias de galáxias próximas e distantes, pode-se determinar a taxa de expansão do Universo.
Fonte: Hubble NewsCenter
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