A Supernova de Tycho, observada pelo Chandra, revelou um padrão de "listas" de raios X, que podem explicar como se produzem os raios cósmicos que bombardeiam a Terra - Crédito: X-ray: NASA/CXC/Rutgers/K.Eriksen et al.; Optical: DSS
A imagem, obtida a partir do Observatório Chandra, dos restos da supernova de Tycho, produzida pela explosão de uma estrela anã branca na nossa galáxia. As zonas a vermelho, de raios X de baixa energia, mostram a expansão dos detritos da explosão de supernova e a azul, raios X de alta energia, mostram a onda de choque, uma concha de electrões extremamente energéticos. Estes raios X de alta energia revelam tabém um padrão de "listas" de raios X que nunca foi observado num remanescente de supernova.
Algumas das mais brilhantes bandas podem ser vistas no lado direito do remanescente, num fundo óptico do Digitized Sky Survey. Essas faixas podem fornecer a primeira evidência directa de que restos de supernova podem acelerar partículas a energias cem vezes superior ao alcançado pelo acelerador de partículas mais poderoso da Terra, o Large Hadron Collider.
Esta imagem do Chandra mostra a área de raios X de maior energia, detectada a partir do remanescente de supernova de Tycho. Estes raios-X mostram a onda de choque em expansão da supernova, uma concha de electrões extremamente energéticos. Na zona ampliada A as listas de raios X são mais brilhantes; em B as listas são mais fracas - Crédito: X-ray: NASA / CXC / Rutgers / K.Eriksen et al
Supõe-se que as listas de raios X são regiões onde a turbulência é maior e os campos magnéticos mais emaranhados do que as áreas circundantes. Os electrões ficam presos nessas regiões e emitem raios X enquanto se movimentam em redor das linhas do campo magnético.
Estes resultados poderiam explicar como se produzem os raios cósmicos, partículas altamente energéticas que bombardeiam a Terra, e fornecer suporte para uma teoria sobre como os campos magnéticos podem ser dramaticamente amplificados em tais ondas de choque.O remanescente de supernova de Tycho deve o seu nome ao famoso astrónomo dinamarquês Tycho Brahe, que registou ter visto a supernova em 1572. Está localizada na Via Láctea, a cerca de 13.000 anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopeia. Devido à sua proximidade e brilho intrínseco, a supernova era tão brilhante que podia ser vista durante o dia a olho nu.
Fonte: NASA
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