Abutre-do-Egipto, Neophron percnopterus - Fonte: wikipédia
A rota migratória dos abutres Vega, Sahel, Duna y Trigo está a ser seguida desde a sua partida de Espanha, em Setembro de 2010. Depois de quase seis meses no deserto do Sahel, na África Subsariana, os abutres voam agora sobre o deserto do Saara, antes de chegar ao Estreito de Gibraltar e atravessar a Península Ibérica até às Gargantas de Riaz, em Segóvia, onde têm a sua área de nidificação.
As viagens de regresso destes quatro abutres-do-Egipto podem ser seguidas, em tempo real, na página Web especialmente construída para esse fim, procurando desenvolver uma maior consciência sobre as ameaças a que esta espécie está sujeita.
Esta página fornece informações, em tempo real, sobre os quatro abutres-do-Egipto. Por exemplo, Duna visitou três países, Mauritânia, Mali e Senegal, durante o inverno.
Segundo WWF, a travessia da Península Ibérica é a etapa mais perigosa para os abutres, dado que março é o mês de maior uso de iscos envenenados nos campos, a principal ameaça para este necrófago em perigo de desaparecer de Espanha. Possíveis choques com geradores de energia eólica e electrocussão nos cabos de energia eléctrica são outros perigos que ameaçam estas aves. Nestas situações, os animais são localizados pelos emissores que transportam, permitindo intervir imediatamente, sobretudo no caso de envenenamento.
Desde 1995, a organização WWF já contabilizou cerca de 200 abutres mortos por envenenamento em toda a península.
Em Portugal, as escarpas do rio Douro, no norte, são habitat dos abutres. Aqui, os "alimentadores de abutres" ajudam na conservação das espécies selvagens de necrófagos ameaçadas, tal como o abutre-do-Egipto.
Fonte: El Mundo
Sem comentários:
Enviar um comentário