segunda-feira, 21 de março de 2011

DNA do albatroz-de-Amesterdão mostra que é uma espécie única

A análise genética do albatroz mais raro do mundo, o albatroz-de-Amesterdão, Diomedea amsterdamensis, confirmou que se trata de uma espécie diferente do albatroz-errante. Alguns cientistas acreditavam que eles eram uma subespécie do albatroz-errante, Diomedea exulans, que também habita o Oceano Antártico.

O albatroz-de-Amesterdão apresenta plumagem acastanhada - Fonte: wikipédia

De acordo com o estudo publicado no Journal of Avian Biology, utilizando o exame do DNA, uma equipa de pesquisadores do Canadá mostrou que o albatroz-de-Amesterdão é uma espécie diferente e separou-se geneticamente dos seus parentes errantes há mais de 265.000 anos.
O albatroz-de-Amesterdão é uma ave marinha muito grande, que pode atingir até 8 Kg e com uma envergadura de asas maior que 3,5 metros. Existe apenas uma pequena população de 170 exemplares que vive na Ilha de Amsterdão, uma ilha vulcânica no Oceano Índico, onde foram descobertos em 1983.
Para a Dra. Theresa Burg e seus colegas da Universidade de Lethbridge, no Canadá, autores da pesquisa, apesar de sua grande envergadura e capacidade de voar para longas distâncias, o albatroz-de-Amsterdão regressa sempre ao mesmo lugar, um planalto único na ilha, que não compartilha com albatrozes-errantes. Este isolamento geográfico levou as aves a evoluirem como uma espécie separada.

Albatroz-de-Amesterdão alimentando o filhote - Fonte: wikipédia

Os cientistas esperam que esta confirmação como espécie possa contribuir para um maior esforço na conservação dos albatrozes da Ilha de Amsterdão. Estima-se que existam entre 18-26 casais reprodutores ocupando a pequena área no centro da ilha. São companheiros para toda a vida e produzem um ovo cada dois anos.
Embora pareça uma população estável, a espécie está criticamente ameaçada. Acidentes com linhas de pesca e perturbação dos ninhos por animais domésticos são as principais ameaças.
Fonte: BBC Earth News

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