terça-feira, 1 de março de 2011

Fluidos em ebulição comportam-se de maneira diferente no espaço

A investigação é uma das vertentes da missão STS-133 do vaivém Espacial Discovery, que transportou material diverso destinado a experiências científicas em várias áreas.

BXF, equipamento para o estudo da ebulição no espaço - Crédito: NASA

Da carga do vaivém faz parte um novo equipamento, a Boiling eXperiment Facility ou BXF ('câmara experimental de ebulição' em tradução livre), destinada a apoiar experiências para estudar os processos envolvidos na fervura, incluindo a transferência de calor e processos de remoção de vapor que ocorrem durante a ebulição em ambiente de microgravidade.

Na gravidade da Terra (imagem da esquerda) a ação da impulsão permite superar as forças de tensão superficial das bolhas. Elas sobem afastando-se da superfície quente. Em condição de microgravidade (imagem à direita), a força de impulsão é muito fraca. Conseqüentemente, as bolhas permanecem frequentemente ligadas à placa aquecedora (no fundo) por causa da tensão superficial e aumentam de tamanho à medida que é produzido mais vapor, devido à entrada contínua de energia do aquecimento. Crédito: NASA/University of California.

A Estação Espacial Internacional (ISS) é o laboratório ideal para estudar a influência da microgravidade em ebulição.
A ebulição em ambiente de microgravidade difere da fervura na Terra. No espaço, há falta de impulsão, por isso as bolhas do vapor de líquidos em ebulição não sobem. Sistemas das naves espaciais e da Terra usam a ebulição para remover de um modo eficiente grandes quantidades de calor, gerando vapor de líquidos. Embora não pareça lógico, a ebulição é uma maneira muito eficiente para arrefecer os componentes de engenharia e sistemas utilizados em ambientes extremos do espaço.



Os estudos feitos na BXF podem originar novas tecnologias para produção de energia e projetos de sistemas de arrefecimento na Terra e em veículos espaciais.
Compreender os efeitos da microgravidade sobre os mecanismos de ebulição é fundamental para a concepção de equipamentos de remoção de calor para uso em aplicações espaciais.
Fonte: NASA

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