segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Tempo espacial: ejecção de massa coronal (CME) e erupções solares

O tríptico mostra uma ejecção de massa coronal ou CME emitida pelo Sol, na manhã de 13 de Janeiro de 2013. As imagens foram captadas pelo observatório Solar Terrestrial Relations Observatory, da NASA (STEREO) - Crédito: NASA / STEREO 

Este domingo, 13 de Janeiro de 2013, o Sol produziu uma ejecção de massa coronal, ou CME, dirigida à Terra, enviando partículas solares carregadas que poderão atingir o nosso planeta em 2-3 dias.
De acordo com os especialistas da NASA, a CME desloca-se a uma velocidade de 275 milhas (442,5 Km) por segundo, típica para as CMEs, embora muito mais lenta do que as mais rápidas, que podem ser quase dez vezes maiores do que esta velocidade.
Tratando-se de uma CME dirigida à Terra, pode causar uma tempestade geomagnética durante algum tempo, quando encontrar a camada exterior do campo magnético terrestre, conhecida por magnetosfera. No entanto, CMEs com esta velocidade podem não provocar tempestade e, apenas, originar auroras perto dos pólos. Também não é provável, segundo a NASA, que possam afectar os sistemas eléctricos ou interferir com o GPS ou sistemas baseados em satélites de comunicação.
O Sol também apresentou quatro erupções de baixa energia de classe M, desde 11 de Janeiro de 2013, com emissão de poderosas rajadas de luz e radiação, através de duas manchas solares activas, designadas por AR 11652 e AR 11654, esta última gigantesca e situada actualmente na região central do disco solar.

As manchas solares AR1652 e AR1654, captadas em 14 de Janeiro de 2013,  têm campos magnéticos beta-gama, favoráveis a explosões solares de classe M - Crédito: NASA/SDO / HMI 

Este tipo de radiação não afecta os seres humanos à superfície, porque não pode atravessar a atmosfera da Terra. Mas, se for intensa o suficiente, pode perturbar os sinais GPS e de comunicações. As erupções de classe M são as explosões solares mais fracas que ainda podem causar alguma perturbação junto à Terra. As recentes explosões solares causaram apagões leves de rádio, cujos efeitos já diminuíram.

 
As explosões solares sucedem-se como as luzes das câmaras de um festival rock. O vídeo, captado pelo Solar Dynamics Observatory (SDO), abrange cerca de 36 horas em 10 e 11 de Janeiro de 2013, em luz ultravioleta extrema (repete três vezes).
Nesta data, a crescente mancha solar dupla AR-1654 move-se para o centro, acompanhando o movimento de rotação do Sol, com erupções de energia de classe média. A complexa mancha solar tem mais de 180.000 km de extensão (14 diâmetros da Terra).

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