Termómetros, pilhas pequenas (como as usadas em relógios) e pesticidas, são alguns dos produtos contendo mercúrio, cuja produção, importação e exportação serão proibídas dentro de cinco a dez anos, como resultado da Convenção de Minamata, nos países onde ainda se utilizam. Em 2007, a União Europeia proibiu o uso de mercúrio em termómetros e barómetros - Crédito imagem: wikipédia
Mais de 140 países membros das Nações Unidas concordaram num conjunto de medidas juridicamente vinculativas para controlar as emissões de mercúrio para o ambiente.
As negociações decorreram durante uma semana, em Genebra (Suiça), e culminaram com a adopção do novo tratado, no início da manhã de 19 de Janeiro de 2013, que é o primeiro de carácter ambiental e a nível mundial da ONU nos últimos dez anos.
As medidas, conhecidas como a Convenção de Minamata - com o nome da cidade japonesa que viveu um dos piores casos mundiais de envenenamento por mercúrio - serão formalmente aprovadas pelos governos, numa conferência internacional a realizar no Japão, no próximo mês de Outubro de 2013.
Os dados publicados recentemente pela ONU mostram que as emissões de mercúrio estão a subir em alguns países em desenvolvimento que, por isso, enfrentam um crescente aumento de riscos para a saúde e o ambiente.
A Convenção agora aprovada obriga a um maior controle na utilização deste metal altamente tóxico, causador de problemas graves de saúde, nomeadamente danos permanentes no sistema nervoso e rins. O mercúrio representa uma ameaça particular para o desenvolvimento da criança, durante a gestação e no início da vida, de acordo coma Organização Mundial de Saúde (OMS).
Várias actividades humanas podem libertar mercúrio para o ambiente, sendo alguns processos industriais e químicos mais poluidores como, por exemplo, a obtenção de energia através de carvão e a mineração. Depois de emitido, o mercúrio persiste no ambiente durante muito tempo - circulando através do ar, água, solo e organismos vivos - e pode difundir-se até grandes distâncias.
De acordo com a UNEP (Programa Ambiente das Nações Unidas), o mercúrio vai ficando mais concentrado à medida que se move na cadeia alimentar, atingindo os níveis mais elevados em peixes predadores que podem ser consumidos pelos seres humanos.
Devido à rápida industrialização, o Sudeste da Ásia foi o maior emissor regional e responsável por quase metade das emissões anuais globais deste metal tóxico.
Fonte: BBC News
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