Ilustração da estrutura de um protão, uma partícula subatómica, de carga positiva, existente no núcleo dos átomos. No moderno modelo padrão da física de partículas, o protão é uma partícula fundamental, constituído por três quarks: dois quarks up (u) e um quark down (d) - Crédito: wikipédia
Uma equipa internacional de investigadores, entre os quais portugueses das Universidades de Aveiro e Coimbra, apresentaram novos dados sobre o raio do protão, num artigo publicado na revista Science, edição de sexta-feira (25 de Janeiro de 2013).
A equipa confirma, por meio de espectroscopia de laser, o valor inesperadamente pequeno para o raio do protão (um dos constituintes básicos de toda a matéria) no hidrogénio muónico, um resultado que surpreende os físicos de todo o mundo.
Internacionalmente, o valor aceite para o raio do protão é de 0,8768 fentómetros (milésimos de bilionésimo de metro). Agora, com as novas medições mais precisas, parece que o protão é mais pequeno, com um raio de 0,84184 fentómetros.
Nas suas medições, os cientistas não usaram átomos de hidrogénio natural - constituídos por um protão e um electrão - mas "uma forma “exótica” do mesmo elemento químico, o hidrogénio muónico, onde o electrão é substituído por um muão, partícula de igual carga mas 200 vezes mais pesada do que o electrão, que torna as medições mais precisas".
De momento, os cientistas estão a analisar os dados obtidos e testando medições. Se os resultados se confirmarem, poderá estar em causa uma das principais e mais completas teorias da física: a Teoria Electrodinâmica Quântica, que descreve a interacção entre luz e matéria e, com base na qual foi calculado o valor do raio do protão aceite actualmente.
Mais informações em Ciência Hoje e Publico.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário