segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O raio do protão é mais pequeno do que se pensava

Ilustração da estrutura de um protão, uma partícula subatómica, de carga positiva, existente no núcleo dos átomos. No moderno modelo padrão da física de partículas, o protão é uma partícula fundamental, constituído por três quarks: dois quarks up (u) e um quark down (d) - Crédito: wikipédia

Uma equipa internacional de investigadores, entre os quais portugueses das Universidades de Aveiro e Coimbra, apresentaram novos dados sobre o raio do protão, num artigo publicado na revista Science, edição de sexta-feira (25 de Janeiro de 2013).
A equipa confirma, por meio de espectroscopia de laser, o valor inesperadamente pequeno para o raio do protão (um dos constituintes básicos de toda a matéria) no hidrogénio muónico, um resultado que surpreende os físicos de todo o mundo.
Internacionalmente, o valor aceite para o raio do protão é de 0,8768 fentómetros (milésimos de bilionésimo de metro). Agora, com as novas medições mais precisas, parece que o protão é mais pequeno, com um raio de 0,84184 fentómetros.
Nas suas medições, os cientistas não usaram átomos de hidrogénio natural - constituídos por um protão e um electrão - mas "uma forma “exótica” do mesmo elemento químico, o hidrogénio muónico, onde o electrão é substituído por um muão, partícula de igual carga mas 200 vezes mais pesada do que o electrão, que torna as medições mais precisas".
De momento, os cientistas estão a analisar os dados obtidos e testando medições. Se os resultados se confirmarem, poderá estar em causa uma das principais e mais completas teorias da física: a Teoria Electrodinâmica Quântica, que descreve a interacção entre luz e matéria e, com base na qual foi calculado o valor do raio do protão aceite actualmente.
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