sábado, 12 de janeiro de 2013

Enxame estelar 47 Tucanae, uma "bola" de estrelas exóticas

Imagem do brilhante enxame de estrelas 47 Tucanae (NGC 104), captada pelo telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do ESO, instalado no Observatório do Paranal, Chile - Crédito: ESO/M.-R. Cioni/VISTA Magellanic Cloud survey

Nova imagem do enxame globular 47 Tucanae, obtida com grande pormenor em infravermelho pelo telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do ESO, instalado no Observatório do Paranal, Chile.
Os enxames globulares são enormes nuvens esféricas de estrelas velhas ligadas entre si pela gravidade. Encontram-se a orbitar os núcleos das galáxias, tal como os satélites orbitam a Terra.
Situado a a cerca de 15 000 anos-luz, na constelação austral do Tucano, 47 Tucanae orbita a nossa Via Láctea e é um dos enxames globulares mais brilhantes e de maior massa que se conhecem, podendo ser observado a olho nu. Com cerca de 120 anos-luz de dimensão, é tão grande que aparece no céu com o tamanho da Lua Cheia. É conhecido por possuir muitas estrelas e sistemas estranhos e interessantes.
Existem cerca de 150 enxames globulares que orbitam a nossa galáxia. O 47 Tucanae é o segundo de maior massa, depois do Omega Centauri.
Este enorme enxame, também conhecido por NGC 104, é muito antigo e contém milhões de estrelas, algumas das quais no seu centro são bastante invulgares e exóticas como, por exemplo, fontes de raios X, estrelas variáveis, estrelas vampiras, estrelas brilhantes conhecidas como 'vagabundas azuis' e pequeníssimos objectos, chamados 'pulsares milissegundo', que são pequenas estrelas mortas que rodam surpreendentemente depressa.
Espalhadas pela imagem, podem observar-se facilmente gigantes vermelhas - estrelas no final de vida e que aumentaram o seu tamanho - brilhando com cor âmbar, sobre um fundo de estrelas branco amarelado.
O núcleo, densamente preenchido, contrasta com as regiões exteriores do enxame com menos estrelas.
O estudo destes objectos cósmicos situados no interior de enxames como o 74 Tucanae pode ajudar a compreender como se formam e interagem estas estranhas "bolas" de estrelas.
Fonte: ESO

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