terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Buracos negros brilham numa bela galáxia espiral

Nova imagem da galáxia espiral IC 342, também conhecida como Caldwell 5, que inclui observações do telescópio NuStar, da NASA, e imagem de luz visível, a partir do Digitized Sky Survey - Crédito: NASA / JPL-Caltech / DSS

Esta nova imagem da galáxia espiral IC 342, também conhecida como Caldwell 5, inclui dados do telescópio Nuclear Spectroscopic Telescope Array ou NuSTAR, da NASA. As observações em raios X de alta energia do NuSTAR permitiram salientar dois brilhantes buracos negros escondidos no seu interior - na imagem em cor magenta.
Os dados do NuSTAR estão sobrepostas a uma imagem de luz visível, a partir do Digitized Sky Survey, destacando a galáxia e os seus braços cheios de estrelas.
NuSTAR, lançado a 13 de Junho de 2012, é o primeiro telescópio orbital para tirar fotos em raios X de alta energia. É possível ver objectos muito mais detalhadamente que outras missões anteriores operando em comprimentos de onda semelhantes.
NuSTAR começou a pesquisar buracos negros na região interna da galáxia Via Láctea e noutras galáxias distantes no universo. A galáxia espiral IC342 é um dos seus alvos, situada a 7 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Camelopardalis (a girafa).
Observações anteriores da galáxia em raios X de baixa energia, feitas pelo Observatório de Raios X Chandra, já tinham revelado a presença de dois buracos negros, denominados por fontes ultraluminosas de raios X (ULXs). Os dados NuSTAR vão ajudar os astrónomos no estudo dos misteriosos buracos negros.
Dados captados apenas pelo telescópio de raios X de alta energia NuSTAR, na galáxia espiral IC 342 - Crédito: NASA/JPL-Caltech/DSS

Não se sabe como os ULXs podem brilhar tanto. Embora não sejam tão poderosos como o buraco negro supermassivo no coração das galáxias, brilham mais de 10 vezes do que os buracos negros de massa estelar distribuídos entre as estrelas da nossa própria galáxia.
Os astrónomos pensam que os ULXs podem ser buracos negros de massa intermédia menos comuns, com alguns milhares de vezes a massa do nosso Sol, ou buracos negros de massa estelar mais pequenos, num estado extraordinariamente brilhante. Numa terceira hipótese, esses buracos negros não pertencem a nenhuma das categorias.
"Os raios X de alta energia vão ajudar a desvendar o mistério em torno desses objectos", disse Fiona Harrison, investigadora principal NuSTAR, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. "Quer sejam buracos negros massivos, ou exista uma nova física na forma como eles se alimentam, a resposta vai ser fascinante."
Fonte: NASA

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