quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Astronautas utilizam peixes para estudar a saúde dos ossos, na Estação Espacial Internacional.

Peixes Medaka no seu Habitat Aquático, durante a realização da investigação sobre os seus osteoclastos, a bordo da Estação Espacial Internacional (JAXA) - Crédito: NASA/JAXA

Patrocinado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), a bordo da Estação Espacial Internacional, os astronautas japoneses investigaram pequenos peixes Medaka (Oryzias latipes), e o estudo  irá ajudar os cientistas a descobrir novos conhecimentos sobre a saúde óssea humana no espaço e na Terra.
Os peixes Medaka, vivendo num habitat aquático adaptado à estação orbital, serviram como modelo para pesquisar o impacto de ambientes de microgravidade sobre os osteoclastos - as células responsáveis ​​pelo processo pelo qual o osso se parte durante a regeneração.
O osso é um tecido vivo que se decompõe naturalmente e reconstrói, e isso faz parte do funcionamento do corpo humano. Este processo de remodelação permite o crescimento e cura à medida que envelhecemos. No entanto, quando surge algum desequilíbrio, podem ocorrer doenças como a osteoporose.
Sabe-se que os astronautas, em órbita, experimentam uma diminuição da sua densidade óssea causada pelos osteoclastos, de acordo com estudos já realizados.
A pesquisa para compreender os mecanismos básicos de como funcionam os osteoclastos dos peixes em ambiente de microgravidade pode ser útil para compreender o que se passa nos ossos humanos, atendendo a que os peixes também são vertebrados, com ossos e músculos.
O estudo teve a duração total de 60 dias em órbita, entre 26 de Outubro e 24 de Dezembro de 2012. Os peixes, quimicamente preservados, vão regressar à Terra para serem analisados.
A investigação vai determinar se os osteoclastos mudam durante esses estudos orbitais.
Actualmente, os astronautas tentam neutralizar a perda de densidade óssea através de exercício físico intenso diário, para além da alimentação cuidada e suplementos de vitamina D.
Os pesquisadores acreditam que os estudos básicos com estes peixes possam vir a beneficiar astronautas, pacientes com osteoporose e pessoas com mobilidade reduzida na Terra.
Pode ver algumas imagens dos peixinhos durante a realização da experiência. A primeira alimentação neste vídeo e as refeições aos 8 dias e 13 dias no espaço. Também pode ver como reagiram os peixes Medaka, depois de serem transferidos para o seu habitat na estação espacial, neste outro vídeo.
Mais informações em NASA

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