A 9 de Janeiro de 2013, o asteróide 99942 Apophis, de 270 metros de diâmetro, passará a 14,5 milhões de Km da Terra - Crédito; NEO NASA (Near Earth Object)
Em 2013, a Terra será visitada por vários corpos espaciais, como sempre. No entanto, dois asteróides e dois cometas serão mais notados, quer pelo seu tamanho, raridade ou proximidade do nosso planeta, tornando-se relativamente fáceis de observar.
Na próxima semana, a 9 de Janeiro de 2013, o asteróide "99942 Apophis" - assim chamado em homenagem ao deus egípcio do mal e da escuridão - passará a cerca de 14,5 milhões de quilómetros da Terra.
Avistada pela primeira vez em 2004, esta rocha espacial com cerca de 270 metros de diâmetro, tem uma massa capaz de libertar uma energia equivalente a 25 mil bombas de Hiroshima, caso atingisse o nosso planeta. É considerado um asteróide potencialmente perigoso, pela sua massa e trajectória.
Quando foi descoberto, o "Apophis" causou preocupação entre os especialistas, pois os cálculos preliminares efectuados indicavam uma probabilidade de 2,7% de atingir a Terra em 2029, atendendo à sua trajectória. Cálculos posteriores mais precisos corrigiram os valores encontrados, embora continue a existir "um pequeno risco de impacto" a 13 de Abril de 2036, segundo a NASA, com uma probabilidade de menos de um para 250 mil.
Tratando-se de um asteróide potencialmente perigoso, os cientistas vão aproveitar esta sua aproximação ao nosso planeta este ano para, através de radares, tentarem corrigir ainda mais todos os cálculos relativos ao asteróide, numa tentativa de eliminar para sempre qualquer risco de impacto.
Mais tarde, em 15 de Fevereiro, o asteroide "2012 DA14", embora menor que o "Apophis" (com 57 metros de diâmetro) vai passar muito mais perto da Terra, a cerca de 34.500 km de altitude, passando já na órbita dos satélites geoestacionários. Eventualmente, poderá ser visto com binóculos simples.
Neste ano astronómico de 2013 também receberemos a visita de cometas. O primeiro é o "2011 L4", de nome "Panstarrs", o mesmo do telescópio que o detectou, em 2011, na Universidade do Havai. Este cometa deve atingir o seu ponto mais brilhante entre 8 e 12 de Março, de acordo com Gary Kronk, especialista norte-americano em cometas.
Imagem que regista a descoberta do cometa C/2011 L4 pelo telescópio Pan-STARRS. O cometa está indicado pela seta vermelha - Crédito: wikipédia
Mas, é o cometa "ISON" (International Scientific Optical Network) que está a gerar maior espectativa entre cientistas e amadores. Pensa-se que será o cometa mais brilhante de 2013, visível a olho nu no céu nocturno, no final de Novembro, o que é considerado um fenómeno raro que deve prolongar-se durante alguns meses.
Cometa Ison (assinalado a vermelho), fotografado a 22 de Setembro de 2012. Foi descoberto um dia antes, a 21 de Setembro. É um cometa rasante, que vai passar muito perto do Sol - Crédito: wikipédia
"ISON" é também um cometa muito raro, que visitou a Terra pela última vez há cerca de pelo menos 10 milhões de anos. Tem origem na 'nuvem de Oort', uma região que marca a fronteira do sistema solar e que se estende muito para além das órbitas dos planetas.
Fonte: DNCiência
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