Imagem, em cor natural, do nordeste da China, adquirida pelo satélite Terra, da NASA, em 14 de Janeiro de 2013. Mostra névoa extensa, nuvens baixas e nevoeiro sobre a região, onde as áreas mais claras tendem a ser nuvens ou neblina, que têm um tom de cinza ou amarelo da poluição do ar - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jeff Schmaltz
Pequim (Beijing) e outras cidades chinesas, onde residem milhões de pessoas, encontram-se envoltas por uma densa névoa de poluição, desde este fim-de-semana, enfrentando um dos piores períodos de qualidade do ar na história recente. Os moradores da região foram avisados para permanecerem em casa e o governo ordenou uma redução das emissões das fábricas, enquanto os hospitais tiveram um aumento de 20-30 por cento de doentes com problemas respiratórios.
Na segunda-feira (14 de Janeiro de 2013), quando o satélite Terra, da NASA, captou a imagem do nordeste da China (mostrada em cima), os sensores da embaixada dos Estados Unidos em Pequim indicavam medições de 291 microgramas por metro cúbico de partículas de aerossóis no ar, designadas por PM2,5. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível seguro de PM2,5 deve ser inferior a 25.
As pequeníssimas partículas de matéria existentes no ar (PM), com dimensões inferiores a 2,5 microns (cerca de 1/30 da largura de um cabelo humano), são consideradas muito perigosas, pois são pequenas o suficiente para chegarem até aos pulmões humanos, provocando problemas respiratórios e cardiovasculares. A maioria destas partículas de aerossóis PM2,5 resultam da queima de combustíveis fósseis e de biomassa (fogos florestais e queimadas agrícolas).
Em 3 de Janeiro de 2013, o satélite Terra, da NASA, observou a mesma região do nordeste da China, mostrando áreas menos cobertas pela nuvem de poluição atmosférica. Em algumas partes, é visível a paisagem coberta de neve das tempestades das últimas semanas - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jeff Schmaltz
Como consequência desta grande quantidade de aerossóis PM2.5 no ar, o índice da qualidade do ar (AQI) em Pequim foi de 341, na mesma data (14 de Janeiro). Um AQI acima de 300 é considerado perigoso para todos os seres humanos, e não apenas aqueles com doenças cardíacas ou pulmonares. Abaixo de 50 é o valor mais seguro para os seres humanos.
O pico da crise de poluição atmosférica actual aconteceu em 12 de Janeiro de 2013, altura em que o índice AQI marcou 775 e o valor PM2,5 886 microgramas por metro cúbico de ar, de acordo com a embaixada americana em Pequim.
Fonte: NASA/Earth Observatory
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