quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Observatório Chandra detecta buraco negro da Via Láctea "devorando" asteróides

Gigantesco buraco negro Sagitário A * (Sgr A *), no centro da Via Láctea, onde o Observatório de raios X Chandra detectou misteriosas explosões que podem ser asteróides caindo no buraco negro - Crédito: X-ray: NASA/CXC/MIT/F. Baganoff et al.; Illustrations: NASA/CXC/M.Weiss

O buraco negro gigante no centro da Via Láctea pode estar a vaporizar e a devorar asteróides (ou cometas), o que poderia explicar as explosões freqüentemente observadas pelo Observatório de raios X Chandra.
Se for confirmado, este resultado pode significar que há uma nuvem de centenas de triliões de asteróides e cometas em redor do buraco negro.
A imagem foi obtida pelo Observatório de raios X Chandra e mostra o centro de nossa galáxia, com um buraco negro supermassivo no centro, conhecido como Sagitário A * (Sgr A * ).
Observando o buraco negro durante vários anos, Chandra detectou explosões de raios X (cerca de uma vez por dia) a partir de Sgr A *. As explosões também foram observadas, em infravermelho, pelo Very Large Telescope do ESO, no Chile.

O asteróide é vaporizado, produzindo-se uma explosão e, eventualmente, restos do asteróide são engolidos pelo buraco negro - Crédito: NASA/CXC/M.Weiss

Um novo estudo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society sugere que, à volta de Sgr A *, existe uma nuvem com centenas de triliões de asteróides e cometas, que foram desalojados das suas estrelas-mãe. O painel à esquerda da imagem mostra a região em torno do buraco negro, onde o vermelho representa raios X de baixa energia, verde os raios-X de média energia, e azul os de mais alta energia.
A órbita de um asteróide (ou cometa) pode ser afectada pela influência de outro objecto celeste, como uma estrela ou planeta, lançando o asteróide ou o cometa em direcção a Sgr A *, como pode ver-se nas ilustrações à direita da imagem, começando com o painel superior direito.
Se o asteróide passar a uma distância inferior a 100 milhões de quilómetros do buraco negro, aproximadamente a distância entre a Terra e o Sol, ele será pulverizado pelas forças de maré do buraco negro (painel do meio do lado direito).
Estes fragmentos serão vaporizados por fricção, à medida que passam através do gás fino e quente que flui para Sgr A *, de um modo semelhante a um meteoro que aquece e brilha à medida que cai através da atmosfera terrestre. Dá-se uma explosão (canto inferior direito do painel) e, eventualmente, os restos do asteróide são engolidos pelo buraco negro.
As observações longas de Sgr A * vão continuar em 2012 para ajudar a melhorar a compreensão sobre a formação dos asteróides e planetas no ambiente inóspito do buraco negro.
Fonte: NASA

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