domingo, 12 de fevereiro de 2012

Buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea é premiado pela Real Academia Sueca de Ciências

Estrelas que orbitam o centro da Via Láctea, observadas em infravermelho próximo pelo Very Large Telescope, do ESO - Crédito: ESO/S. Gillessen et al.

Seguindo os movimentos das estrelas em torno do centro da Via Láctea ao longo de mais de 16 anos, o astrónomo alemão Reinhard Genzel e Andrea Ghez dos Estados Unidos, e os seus colegas, conseguiram determinar a massa do buraco negro supermassivo que se esconde lá, conhecido por Sagitário A *, localizado na constelação de Sagitário. Os seus estudos permitiram comprovar que a zona central é ocupada por um buraco negro supermassivo de 4,3 milhões de massas solares. Reconhecendo a importância destes resultados, a Real Academia Sueca das Ciências concedeu-lhes o Prémio Crafoord 2012 em Astronomia, que é considerado o 'Nobel' da Astronomia.
Os buracos negros não se podem observar directamente, tudo o que está à sua volta é atraído para o seu interior. A única maneira de os estudar é através dos efeitos que a sua gravidade causa no ambiente. Na investigação, Reinhard Genzel e Andrea Ghez seguiram as órbitas das estrelas mais próximas.
Pelo seu trabalho, os dois cientistas foram distinguidos com o Prémio Crafoord 2012 em Astronomia, da Real Academia Sueca de Ciências, "pelas suas observações de estrelas que orbitam o centro galáctico, indicando a presença de um buraco negro supermassivo."
O Prémio Crafoord foi criada em 1980 pelo empresário sueco Holger Crafoord (1908-1982) e é administrado pela Real Academia Sueca de Ciências. Tem por objectivo promover a pesquisa básica em Astronomia, Matemática, Geociências e Biociências, as disciplinas que complementam o Prémio Nobel . O financiamento para o prémio, cerca de meio milhão de euros, visa ajudar o financiamento da investigação dos vencedores. Assim como o Nobel, o Prémio Crafoord é dado pelo Rei da Suécia.
Fonte: ESO / El Mundo

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