segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Continua o massacre de elefantes nos Camarões, em África

Caçadores furtivos estão a massacrar os elefantes nos Camarões para lhes retirar o marfim das presas - Fonte: wikipédia

A chacina de elefantes continua nos Camarões. Nestes dois meses de 2012 já foram abatidos cerca de 500 animais no Parque Nacional Bouba Ndjida, no norte do país, perto da fronteira com o Chade. A organização IFAW (Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal) acredita que mais animais serão mortos porque continuam a ouvir-se disparos na zona.
Os caçadores furtivos, muitos deles antigos ou actuais militares, do Chade e do Sudão, estão bem armados e organizados e nada parece detê-los na sua busca do marfim, que está a sair de África a um ritmo cada vez maior.
Segundo a IFAW, a área é perigosa e grande para fazer uma avaliação do massacre ou para salvar os adultos feridos e as crias que ficaram órfâs, que podem morrer de fome e sede.
Celine Sissler-Bienvenu, da IFAW, disse ainda que os animais mortos “sofrem muito antes de morrer. As armas usadas, as AK-47, estão concebidas para matar uma pessoa com cerca de 80 quilos. Para matar um elefante que pesa 5000 quilos é preciso usar muitas balas”.
Embora o comércio mundial de marfim esteja proibido, o tráfico não acabou. O ano de 2011 já é considerado recorde em apreensões de marfim, mais de 23 toneladas, que representam 2.500 elefantes, de acordo com a organização TRAFFIC, especializada no comércio ilegal de espécies, um ano muito desastroso para os elefantes.
O tráfico de marfim tem aumentado muito desde 2007, devido ao aumento da procura na Ásia e a uma maior sofisticação dos grupos criminosos relacionados com o tráfico ilegal de marfim, que na sua maioria se destina à China e Tailândia.
Mais informações em Publico.pt   /   IFAW

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