domingo, 9 de setembro de 2012

Primeira imagem da câmara do braço do Curiosity sem a protecção contra a poeira

Imagem detalhada do solo marciano, obtida pela câmara MAHLI do Curiosity, sem a capa de protecção contra a poeira, em 8 de Setembro de 2012 - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Malin Space Science Systems

Pela primeira vez, em 8 de Setembro, foi aberta a capa transparente que protegia do pó a câmara MAHLI, situada no braço robótico do Curiosity.
Sem esta protecção, a câmara fotografou um pedaço de solo marciano, obtendo uma imagem extremamente detalhada, sem a nebulosidade de outras anteriores devida à poeira depositada na cobertura durante o pouso.
A imagem abrange cerca de 86 centímetros do solo, mostrando o maior pedaço de rocha com tamanho aproximado de 8 centímetros, perto da parte inferior. A câmara estava situada a 1,5 metros de distância.  A resolução da imagem permite distinguir menos poeira visível imediatamente à volta desta rocha, isto é, a zona tem mais cascalho exposto que noutras partes. A rocha pode ter afectado o vento, que passou a soprar a partir dela.
Depois de percorrer o comprimento de um campo de futebol desde que pousou em Marte, há um mês, o robô Curiosity estacionou e está a passar vários dias com exercícios e testes com a câmara MAHLI e outras ferramentas do seu braço de 2,1 metros de comprimento. A equipa científica prepara-se para usar o braço na superfície de Marte, com condições diferentes da Terra.

Na ilustração, Curiosity analisa uma rocha com as ferramentas situadas no final do braço - incluindo a câmara MAHLI e uma broca - com dois metros de comprimento - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Desde que chegou em 6 de Agosto, o robô já percorreu cerca de 109 metros até ao ponto onde se encontra em testes, que é cerca de um quarto da distância entre o local de pouso (Bradbury Landing) e Glenelg, o primeiro destino científico da missão no planeta vermelho.
Terminadas as actividades de verificação, o robô vai continuar a deslocar-se mais algumas semanas até Glenelg, onde os cientistas tencionam analisar, pela primeira vez, o pó recolhido por perfuração de rocha.
Fonte: NASA

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