quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Enxame estelar globular Messier 4 e o segredo da juventude

Enxame estelar globular Messier 4, captado pelo instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO, Chile. Está localizado próximo da brilhante estrela Antares, na constelação do Escorpião - Crédito: Acknowledgement: ESO Imaging Survey

O enxame estelar globular Messier 4, também conhecido como NGC 6121, é um dos mais próximos e mais estudados enxames globulares, localizado na constelação do Escorpião, perto da brilhante estrela vermelha Antares.
A nova imagem, obtida no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, mostra o espectacular enxame estelar em forma de esfera, constituída por dezenas de milhares de estrelas antigas. É um dos mais de 150 enxames estelares globulares, que datam do passado distante do Universo, em torno da nossa galáxia, a Via Láctea.
Num estudo recente das composições químicas das estrelas deste enxame globular, os cientistas ficaram surpreendidos ao encontrarem uma estrela que possui muito mais quantidade de lítio, um elemento raro, do que o esperado.
As estrelas dos enxames globulares são velhas e por isso não se espera que sejam ricas em elementos químicos pesados, como o caso do lítio. Normalmente, este elemento é gradualmente destruído ao longo dos milhares de milhões de anos de vida da estrela.
Não se conhece a origem deste lítio, no entanto, esta estrela encontra-se entre os milhares que parecem possuir o "segredo da juventude eterna": ou conseguiu, de alguma forma manter o seu lítio original, ou encontrou algum modo de enriquecer com lítio formado recentemente.
Em meados de Agosto, um estudo publicado no jornal The Astrophysical Journal Letters referia que tinha sido detectada uma quantidade elevada de lítio na estrela BD+48 740, uma gigante vermelha já no final da vida, na constelação de Perseus.
De acordo com os cientistas, este lítio numa estrela idosa pode ser uma primeira evidência que ela pode ter engolido um planeta. Como gigante vermelha, pode ter dilatado o suficiente para englobar um planeta orbitando próximo, aquecendo como consequência, o que pode ter sido o suficiente para formar mais lítio.
Fonte: ESO

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