Imagem em cor natural da grande tempestade de Saturno, obtida pela combinação de imagens usando filtros de cores vermelho, verde e azul. A sonda Cassini estava, aproximadamente, a 2,2 milhões de km do planeta, em 25 de Fevereiro de 2011 - Crédito: NASA / JPL-Caltech / SSI
A imagem foi captada em 25 de Fevereiro de 2011, cerca de 12 semanas depois do início da tempestade (observada pela Cassini a 5 de Dezembro de 2010), quando as nuvens já tinham envolvido todo o planeta.
Algumas nuvens deslocaram-se mais para sul, e foram apanhadas por uma corrente que flui para leste (para a direita) em relação à cabeça da tempestade. São as nuvens com um tom mais azul.
Esta tempestade é a maior e mais intensa das tempestades observadas em Saturno pela nave Voyager ou nave espacial Cassini. Ainda está activa. Ela abrange 500 vezes a área da maior tempestade observada no hemisfério sul, no início da missão Cassini.
A sombra dos anéis de Saturno parece ter um forte efeito sazonal, e é possível que a mudança para fortes tempestades, agora localizadas no hemisfério norte, possa estar relacionada com a mudança das estações, após o equinócio de Agosto de 2009 do planeta.
Grande tempestade no hemisfério norte de Saturno, observada pela sonda Cassini em 5 de dezembro de 2010 - Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI
Grandes tempestades, designadas Grandes Manchas Brancas, foram observadas em anos anteriores de Saturno (cada um equivale a 30 anos terrestres), aparecendo geralmente no verão norte tardio.
Saturno encontra-se agora no início da primavera norte. Se esta tempestade é uma Grande Mancha Branca, está a acontecer mais cedo do que é normal. Nem a Voyager nem a Cassini estavam lá para observar grandes tempestades anteriores deste tipo.
A tempestade produz muito ruído de rádio, que vem de um zona profunda de relâmpagos na atmosfera de Saturno. Os relâmpagos são produzidos nas nuvens de água, onde a chuve e o granizo caindo geram electricidade. No entanto, Saturno tem um comportamento diferente da Júpiter e da Terra. Estes dois planetas têm tempestades frequentes. Mas Saturno armazena energia durante décadas e depois liberta tudo de uma só vez.
Na sua forma mais intensa, a tempestade gerou mais de 10 relâmpagos por segundo. Os cientistas criaram um arquivo de som a partir de dados obtidos em 15 de Março, num período de intensidade ligeiramente inferior. Pode ouvir o arquivo de som de Saturno no endereço http://www.nasa.gov/wav/566774main_pia14310.wav
O estudo aparece publicado num artigo na revista Nature.
Fonte: NASA
Sem comentários:
Enviar um comentário