terça-feira, 19 de julho de 2011

O anel torcido da nossa galáxia

O Observatório Espacial Herschel descobriu um anel suspeito, de gás denso e frio e poeira, no centro da nossa galáxia. O anel é torcido e não se sabe explicar porquê - Crédito: ESA / NASA / JPL-Caltech

Utilizando o Observatório Espacial Herschel, em infravermelho, Observatório Espacial Herschel, em infravermelho, da ESA, os astrónomos descobriram um anel suspeito distorcido no centro da nossa galáxia. O anel é constituído por gás muito denso e frio e poeira, e torcido de modo que parte dele se eleva acima do plano da galáxia e a outra parte fica para baixo.

A imagem do Herschel, em infravermelho, revela o anel de gás e poeira com uma grande clareza. Parece um laço amarelo com dois lóbulos, destacado na figura com uma faixa branca - Crédito: ESA/NASA/JPL-Caltech

Parte do anel já tinha sido revelada em observações anteriores. Com o infravermelho de Herschel foi possível penetrar a região escura no centro da nossa galáxia, permitindo uma visão mais completa.
Os astrónomos não sabem ao certo como se formam anéis destes em galáxias, mas algumas teorias sugerem que eles surgem devido a perturbações gravitacionais com galáxias vizinhas. Pensa-se que se formarão novas estrelas no gás denso que compõe o anel.
O anel estende-se por mais de 600 anos-luz e está a cerca de 15º Kelvin (433 graus Fahrenheit). Na imagem, o material mais quente é azul, e o mais frio é vermelho.
A torção no anel não é o único mistério para descobrir resultante das novas observações do Herschel. Os astrónomos também verificaram que o centro do anel não coincide com o centro da galáxia, considerado em torno de "Sagitário A *", onde existe um buraco negro massivo.
De acordo com Alberto Noriega-Crespo do Processamento de infravermelhos da NASA e co-autor do estudo publicado na revista Astrophysical Journal Letters, não é claro por que o centro do anel não corresponde ao centro da nossa galáxia. "Ainda há muito por descobrir sobre a nossa galáxia", disse ele.
O artigo da revista Astrophysical Journal Letters pode consultar-se online em http://arxiv.org/abs/1105.5486
Fonte: NASA

Sem comentários: