Imagem global do céu em raios gama, com energias superiores a 1000 milhões de elétron-volts (GeV 1), obtida a partir de observações do Telescópio Fermi durante três anos. Cores mais brilhantes indicam fontes de raios gama também mais brilhantes. Todo o céu apresenta um brilho difuso, sendo mais brilhante ao longo do plano da nossa galáxia (meio). Discretas fontes de raios gama incluem pulsares e remanescentes de supernovas na nossa galáxia, assim como galáxias distantes alimentadas por buracos negros supermassivos - Crédito: NASA/DOE/Fermi LAT Collaboration
O Telescópio Espacial de Grande Átrea Fermi (LAT - Large Area Telescope) varre o céu procurando detectar raios gama, a radiação de maior energia do Universo. O telescópio consegue encontrar raios gama com energias que variam de 20 milhões para mais de 300 biliões de electrões-volt (GeV).
Em altas energias, os raios gama são raros. Acima de 10 GeV, Fermi detecta apenas um raio gama a cada quatro meses.
Imagem global do céu visto pelo Telescópio Fermi, incluindo apenas as fontes de energia superiores a 10 GeV. As cores mais brilhantes indicam fontes de energia de raios gama mais brilhantes - Crédito: NASA/DOE/Fermi LAT Collaboration
"Antes de Fermi, sabíamos apenas de quatro fontes discretas de energia acima de 10 GeV, todos eles pulsares", disse David Thompson, astrofísico da Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Md. "Com o LAT, descobrimos centenas, e estamos mostrando pela primeira vez o quão diversificado é o céu para estas altas energias."
No novo censo, mais de metade das 496 fontes são galáxias activas, onde a matéria ao cair no supermassivo buraco negro projecta jactos de partículas a velocidades próximas à da luz. Apenas cerca de 10% das fontes conhecidas se encontram na nossa própria galáxia. Nessas fontes incluem-se estrelas de neutrões em rápida rotação (chamadas pulsares), os restos em expansão de explosões de supernovas, e em alguns casos, sistemas binários contendo estrelas de grande massa.
Mais da metade das fontes de raios gama, acima de 10 GeV, são negros buracos de galáxias activas. Mais de um terço das fontes são completamente desconhecidos - Crédito: NASA's Goddard Space Flight Center
Mais de um terço das fontes de raios gama são completamente desconhecidas. Com o novo catálogo, os astrónomos poderão comparar, pela primeira vez, o comportamento de diferentes fontes através de um amplo intervalo de energias de raios gama.
O novo catálogo de fontes de energia de raios gama Fermi irá ajudar o trabalho de telescópios terrestres, direccionando-os para os locais mais prováveis onde se encontram as fontes de alta energia (acima de 100 GeV). Estes telescópios têm campos de visão bastante menores e, além disso, são afectados pelo estado da atmosfera. São mais sensíveis às fontes de baixa energia, ao contrário de Fermi mais especializado na detecção de fontes de raios gama de alta energia.
Fonte: NASA
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