Cria de foca-da-Gronelândia, 'Pagophilus groenlandicus' - Fonte: wikipédia
O aquecimento global do Atlântico Norte, durante os últimos 32 anos, reduziu significativamente a cobertura de gelo nas zonas de reprodução das focas-da-Gronelândia, 'Pagophilus groenlandicus', provocando as mais altas taxas de mortalidade entre as crias de foca nos últimos anos.
Esta é a conclusão de um novo estudo da Universidade de Duke, publicado na revista 'PLoS ONE', o primeiro a mostrar que a cobertura de gelo marinho sazonal, nas quatro regiões de reprodução de focas-da-Gronelândia no Atlântico Norte, diminuiu até 6% por década desde 1979, quando começaram os registos por satélite.
As focas precisam de gelo estável no mar durante o inverno para dar à luz e amamentar as crias, até que elas possam nadar e caçar por sua conta. As focas fêmeas escolhem as plataformas de gelo mais espessas e antigas nas águas subárcticas.
"O tipo de mortalidade que está a ocorrer a leste do Canadá é dramático, e põe em perigo a capacidade de recuperação da população de focas", destacou David W. Johnston, investigador do Laboratório Marinho da Universidade de Duke.
"Como espécie, as focas-da-Gronelândia são capazes de enfrentar as alterações naturais do clima, mas a nossa investigação sugere que podem não estar tão bem adaptadas para reagir perante os efeitos da variação a curto prazo, combinados com as alterações climáticas a longo prazo e as influências humanas, tais como a caça e a captura", afirmou Johnston.
Os investigadores questionam se as focas serão capazes de reagir a estas variações, deslocando-se para outros habitats, onde o gelo seja mais estável. Parece que algumas focas procuraram novas zonas de reprodução no leste da Gronelândia, o que indica que alguma coisa está a mudar, embora, por outro lado, milhares de focas continuam a regressar às zonas tradicionais de criação todos os anos, no Golfo de St. Lawrence.
Fonte: El Mundo.es
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