A imagem composta, obtida em luz visível e infravermelho próximo, revela a localização de cinco minúsculas galáxias agrupadas, à distância de 13,1 biliões de anos-luz. Os círculo assinalam as galáxias. Crédito: NASA, ESA, M. Trenti (University of Colorado, Boulder e do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, UK), L. Bradley (Space Telescope Science Institute, Baltimore), e A equipa Borgata
Com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble, astrónomos descobriram um enxame de galáxias em fases iniciais de formação, o mais distante agrupamento já observado no Universo primordial.
Durante uma pesquisa aleatória no céu feita em luz infravermelho próximo, Hubble detectou cinco pequenas galáxias agrupadas, a cerca de 13,1 biliões de anos-luz. Significa que o telescópio Hubble as observou como eram apenas a 600 milhões de anos após o Big Bang, o evento que originou o Universo.
Os enxames de galáxias são as maiores estruturas no universo, incluindo centenas de milhares de galáxias unidas pela gravidade. O enxame em desenvolvimento ou protoenxame, visto como ele era há 13 biliões de anos, provavelmente cresceu até um tamanho gigantesco típico, comparável ao enxame próximo de Virgem com mais de 2.000 galáxias.
Hubble observou em luz infravermelha próxima porque a luz ultravioleta e a luz visível destas galáxias extremamente distantes adquiriu comprimentos de onda próximos do infravermelho, devido à expansão do espaço, durante a sua longa jornada. As observações fazem parte da pesquisa sobre "Brightest of Reionizing Galaxies" (BoRG) (galáxias mais brilhantes da reionização), onde o Telescópio Hubble procura as galáxias mais brilhantes à volta de 13 biliões de anos atrás, durante a reionização. Segundo os pesquisadores, este enxame, em fase inicial, pode conter mais do que as cinco galáxias que o Hubble avistou. Pensa-se que muitas galáxias mais fracas podem estar na sua vizinhança.
"Essas galáxias (observadas pelo Hubble) formaram-se durante as primeiras fases da reunião de galáxias, quando as galáxias começaram a agrupar-se entre si", disse Michele Trenti, da Universidade do Colorado, em Boulder, e do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. "O resultado confirma a nossa compreensão teórica sobre a formação de enxames de galáxias. E, o Hubble é suficientemente poderoso para encontrar os primeiros exemplos deles a esta distância."Trenti apresentou os resultados na reunião de hoje (10) da Sociedade Astronómica Americana, em Austin, Texas. O estudo será publicado na próxima edição do Astrophysical Journal.
Neste mesmo dia, outra equipa de investigação também anunciou a descoberta de "El Gordo", o maior enxame de galáxias do Universo primordial.
Fonte: NASA
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