Imagem da Nebulosa planetária Helix (NGC 7293), captada em infravermelho pelo Telescópio VISTA, do ESO - Crédito: ESO/VISTA/J. Emerson. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit
Bonita imagem da Nebulosa Helix, obtida com o telescópio VISTA do ESO, instalado no Observatório do Paranal, no Chile. Foi captada em infravermelho e revela filamentos de gás frio nebular, num fundo rico em estrelas e galáxias.
A Nebulosa Helix é uma das mais próximas e interessantes nebulosas planetárias, situada na constelação do Aquário, a cerca de 700 anos-luz.
Supõe-se que se formou quando uma estrela como o Sol, na fase final da sua vida e incapaz de manter as camadas exteriores, começou a libertar lentamente conchas de gás, que formaram a nebulosa, estando agora a transformar-se numa anã branca, que se observa no centro da imagem como um pequeno ponto azul.
A nebulosa é composta de poeira, material ionizado e gás molecular, dispostos num bonito e invulgar padrão em forma de flor, que brilha intensamente devido à radiação ultravioleta emitida pela estrela quente central.
Nebulosa Helix observada em infravermelho com o telescópio VISTA (à esquerda) e em luz visível pelo telescópio MPG / ESO de 2,2 metros (à direita). A visão, em infravermelho, dos filamentos de gás nebular frio mostra que, na sua maioria, são menos visíveis em imagens com luz visível - Crédito: ESO/VISTA/J. Emerson. Acknowledgment: Cambridge Astronomical Survey Unit
O anel principal da Helix tem cerca de dois anos-luz de diâmetro, o que corresponde a cerca de metade da distância entre o Sol e a estrela mais próxima. No entanto, o material da nebulosa expande-se desde a estrela até pelo menos quatro anos-luz, e que se vê particularmente bem nesta imagem infravermelha do Vista, uma vez que o gás molecular vermelho pode ser observado em praticamente toda a imagem.
O telescópio VISTA revela igualmente a estrutura fina dos anéis da nebulosa. O gás molecular mais frio está agregado em filamentos que se estendem do centro para o exterior, fazendo com que toda a imagem se pareça com um fogo de artifício celeste.
Estes filamentos de hidrogénio molecular, conhecidos como nós cometários, são do tamanho do nosso Sistema Solar. Esta organização em nós, protegidos pela poeira e gás molecular, permite que as moléculas que os formam consigam sobreviver à radiação altamente energética emitida pela estrela central moribunda.
Fonte: ESO
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