Ilustração sobre o efeito de lente gravitacional - Crédito: NASA, ESA, and Johan Richard (Caltech, USA)
A figura ilustra um espectacular fenómeno cósmico, conhecido por 'lente gravitacional', que acontece, neste caso, quando um objecto celeste massivo e uma galáxia mais afastada se encontram na nossa linha de mira.
A esfera azul representa a Terra e a esfera amarela, no centro, um corpo espacial massivo (pode ser uma galáxia, enxame de galáxias, ou outro grande corpo celeste) que se encontra bem alinhado com uma galáxia espiral mais distante.
A Teoria da Relatividade Geral de Einstein prevê que o corpo massivo, mais próximo da Terra, distorce o espaço-tempo, que está representado pela grelha amarela. Os raios de luz emitidos pela galáxia distante curvam-se seguindo esta grelha que os redirecciona para a Terra, onde os observadores, em vez de ver a galáxia espiral como é, vêem a galáxia distorcida, como arcos de luz. É como ter uma "lente" na frente da galáxia.
Neste caso, o corpo celeste mais próximo actua como uma gigantesca lente que redirige os raios luminosos emitidos atrás, para criar uma imagem distorcida. É uma espécie de telescópio gigantesco da própria natureza.
Este fenómeno da lente gravitacional também se verifica com corpos celestes mais pequenos, por exemplo, com um planeta ou uma estrela, que podem formar uma lente mais pequena, uma 'microlente gravitacional'.
A microlente permite observar objectos celestes muito pouco luminosos, como exoplanetas, na nossa própria galáxia. As microlentes são transitórias, só duram enquanto se verifica o alinhamento entre esse tipo de objectos celestes. Poe exemplo, o exoplaneta Gliese 581e foi detectado através da técnica de microlente.
Fonte: El Mundo.es / Hubble-ESA
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