Ilustração do exoplaneta Gliese 581d, que está dentro da zona habitável da sua estrela, onde pode existir água - Fonte: wikipédia
Uma equipa de investigadores, de que fazem parte várias universidades norte-americanas, a NASA e o prorama SETI (de procura de vida inteligente), propõs o primeiro sistema para classificar os planetas exteriores ao Sistema Solar susceptíveis de albergar vida semelhante ou muito diferente da terrestre, quer já sejam conhecidos ou venham a ser descobertos. O objectivo é criar um catálogo de exoplanetas habitáveis, mesmo que não orbitem qualquer estrela. Os autores referem que há planetas que vagueiam no espaço sem estrela e também poderão ter condições para algum tipo de vida que agora não seja conhecida.
Da discussão dos vários critérios a utilizar na classificação surgiram os dois índices propostos e que foram publicados na revista 'Astrobiology': o ESI (Índice de Semelhança com a Terra, sigla em inglês) que descreve a sua densidade, a distância à sua estrela e o tamanho; e o PHI (Índice Planetário de Habitabilidade) descrevendo a grande variedade de elementos químicos e parâmetros físicos que poderão ter permitido a vida (se é rochoso ou tem atmosfera), mesmo em condições mais extremas que as do nosso planeta.
De acordo com o estudo, os índices são rápidos e fáceis de calcular, através de um modelo matemático capaz de fazer projecções em que se utilizam todos os parâmetros. Os resultados são apresentados na forma de uma percentagem que vai de um (para a Terra) a zero, dependendo das características do planeta.
Utilizando estes índices na classificação de planetas conhecidos, verifica-se que, para o índice ESI surgem nos primeiros lugares os exoplanetas Gliese 581g (0,89) e Gliese 581d (0,74), ambos orbitando a mema estrela. Dentro do Sistema Solar, Marte e Mercúrio teriam 0,70.
Aplicando o índice PHI, os exoplanetas Gliese 581g y Gliese 581d ocupam as primeiras posições mas, no Sistema Solar aparece Titã (lua de Saturno) com a pontuação mais alta, 0,64, seguido de Marte (0,59) e Europa (lua de Júpiter) com 0,47.
Fonte: El Mundo.es
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