Rinoceronte-nero (Diceros bicornis) - Fonte: wikipédia
A Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), na sua actualização sobre as espécies ameaçadas para 2011, declarou oficialmente extinto o rinoceronte-negro ocidental (Diceros bicornis longipes) , uma subespécie rara de rinoceronte-negro da savana do centro-oeste da África. De acordo com a organização, 19.570 animais e plantas são considerados ameaçados, dos quais 245 em Portugal.
Apesar dos esforços dos programas de conservação, 25% das espécies de mamíferos correm risco de extinção, salientando-se alguns rinocerontes. Para além do rinoceronte-negro ocidental ser considerado extinto, a subespécie de rinoceronte-branco na África Central (Ceratotherium simum cottoni) foi classificada como possivelmente extinta na natureza.
O rinoceronte-de-Java (Rhinoceros sondaicus) está quase a desaparecer. A subespécie deste rinoceronte que habitava o Vietname (Rhinoceros sondaicus annamiticus), está provavelmente extinta, desde que o último animal que se conhecia foi caçado em 2010. A espécie rinoceronte-de-Java ainda não foi declarada extinta porque ainda existe uma pequena população em declínio em Java.
Para a IUCN, "a falta de apoio político às medidas de conservação em muitos dos habitats dos rinocerontes, a actuação do crime organizado visando rinocerontes, o aumento da demanda ilegal de chifres de rinoceronte e a caça comercial são as principais ameaças enfrentadas pelos rinocerontes".
Vídeo da Lista vermelha 2011 da IUCN sobre espécies ameaçadas
Nem só os rinocerontes apresentam problemas de sobrevivência. A Lista Vermelha revelou que 40% das espécies de répteis de Madgáscar está ameaçada e 77% das espécies de plantas endémicas ameaçadas de extinção nas ilhas Seychelles.
Nesta nova edição da Lista Vermelha da IUCN, a árvore Taxus contorta - usada para produzir Taxol, um medicamento utilizado na quimioterapia – passou da categoria de Vulnerável para Ameaçada, devido à sobre-exploração para usos medicinais, recolha de madeira e alimentação do gado.
No entanto, a nova avaliação do estatuto de conservação das espécies também fez surgir alguns casos de sucesso, como a recuperação das populações da subespécie de rinoceronte-branco africano Ceratotherium simum simum - que passou de menos de cem animais no final do século XIX para os actuais 20.000. O cavalo Prezewalski (Equus ferus), saiu da categoria de Criticamente em Perigo para a categoria Ameaçado, graças a um programa de reprodução em cativeiro e um programa de reintrodução bem sucedidos, a sua população está agora estimada em mais de 300.
Tal como afirmou Simon Stuart, director da comissão para a sobrevivência das espécies da IUCN, "Os seres humanos são os guardiões da Terra e os responsáveis pela protecção das espécies que partilham com eles o planeta”.
Fonte: Lista Vermelha da IUCN via Públco.pt
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