Relógio da Torre, mais conhecido por Big Ben, em Londres - Fonte: wikipédia
Cinquenta cientistas de todo o mundo reúnem-se em Londres, hoje e amanhã, para debater uma nova definição do tempo, que pode substituir a hora TMG. O "Greenwich Mean Time" (tempo principal de Greenwich), baseado no primeiro meridiano de Greenwich, em Londres, tornou-se a referência mundial do tempo depois duma conferência realizada em 1884, em Washington.
A nova definição propõe libertar o tempo totalmente "solar", baseado na rotação da terra e medido pelos astrónomos há mais de 200 anos a partir do meridiano de Greenwich. De facto, há já 40 anos que o mundo não é mais regido pela hora TMG, mas continua sendo a hora legal no Reino Unido e é bastante utilizada como referência.
Uma conferência internacional adoptou, em 1972, o "Tempo Universal Coordenado", ou (UTC) na sigla inglesa, calculado em 70 laboratórios do mundo por 400 relógios "atómicos" (baptizados assim porque o segundo é definido pelo ritmo de oscilação de um átomo de césio).
O tempo atómico tem a vantagem de ser muito mais preciso, mas difere por fracções de segundo do tempo definido pela rotação da Terra.
Actualmente, para guardar a correlação com a rotação terrestre, um "segundo intercalado" é acrescentado quase todos os anos. Os cientistas propõem eliminar este segundo, abandonando ao mesmo tempo a correlação com a hora TMG.
A mudança é considerada indispensável para o funcionamento das redes das telecomunicações e de navegação por satélite, como o GPS norte-americano, o Glonass russo, o europeu Galileo ou o chinês BeiDou. Estas redes precisam de uma sincronização ao nível do nano segundo.
Será submetida em Janeiro à votação da União Internacional de Telecomunicações, em Genebra, uma recomendação que propõe suprimir o segundo intercalado.
Se for adoptada, o tempo atómico vai incorporar-se progressivamente no tempo solar, à razão de um minuto ao longo de 60 a 90 anos e de uma hora em 600 anos.
Fonte: Ciência Hoje
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