Uma grande fractura é claramente visível em toda a plataforma de gelo flutuante do glaciar de Pine Island, na Antárctida. A fractura pode partir-se nos próximos meses e formar um iceberg com cerca de 800 quilómetros quadrados - Crédito: NASA / Michael Studinger
Em Outubro de 2011, cientistas do programa IceBridge da NASA descobriram uma enorme fenda no glaciar Pine Island, no oeste da Antárctida. Esta fractura, que atravessa a plataforma de gelo flutuante do glaciar, estende-se por 29 Km de comprimento e com 50 metros de profundidade, poderá produzir um iceberg com mais de 800 Km quadrados de tamanho.
É a primeira vez que os cientistas têm a oportunidade de observar e registar de maneira detalhada o processo de formação de um grande iceberg. Imagens de satélite mostraram que o processo se iniciou no princípio de Outubro. Esta fractura emergente foi detectada por um voo da missão IceBridge, que continuará a observar toda a sua evolução. O último desprendimento de um grande bloco de gelo no glaciar de Pine Island aconteceu em 2001. Alguns cientistas consideram a possibilidade de se originar um iceberg dentro de pouco tempo, pois é um glaciar grande e instável.
Um dos principais objectivos da missão IceBridge é conseguir informações precisas sobre as mudanças que se produzem na capa de gelo e nos glaciares. Dados obtidos pela missão combinados com outros fornecidos por satélites mostram que o glaciar de Pine Island está a perder seis vezes mais massa cada ano - em 2005 perdeu 7 gigatoneladas por ano e cerca de 46 gigatoneladas por ano em 2010 - uma das consequências mais significativas das alterações climáticas que os cientistas observam em todo o mundo.
Dados recolhidos por satélites e missões em terra são utilizados para melhorar os modelos que os cientistas usam para prever o quanto uma camada de gelo instável como o Oeste da Antárctida poderá contribuir para o aumento do nível do mar.
Fonte: NASA
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