A extinção de anfíbios vai acelerar ao longo deste século - Fonte: wikipédia
Um estudo publicado ontem (17) na revista Nature revela que, até 2080, mais de metade do território mundial dos anfíbios será gravemente afectado pelas alterações climáticas, destruição do habitat ou por doenças. O relatório mostra que a situação dete grupo de animais é ainda mais preocupante que as actuais estimativas da comunidade científica.
Actualmente, as populações de anfíbios (5527 espécies) estão em declínio em todo o mundo, devido a ameaças como a poluição, o tráfico e espécies exóticas invasoras. Como resultado, 30% de todas as espécies de anfíbios – que ajudam a controlar potenciais pragas dado que se alimentam de insectos transmissores de doenças, - estão hoje na Lista Vermelha da União Internacional da Conservação da Natureza (UICN).
As estimativas actuais baseiam-se apenas num factor de ameaça, focadas sobretudo em modelos climáticos e em áreas mais ou menos localizadas.
Sapo Dendrobates azureus ameaçado pela destruição da floresta na América do Sul - Fonte: wikipédia
O estudo agora apresentado é "o primeiro que investiga, de forma explícita e global, a interacção potencial dos três dos principais factores de ameaça para os anfíbios: destruição dos habitat, alterações climáticas e presença do fungo Batrachochytrium dendrobatidis que causa a doença dos anfíbios chytridiomycosis", segundo Miguel Araújo, um dos autores do estudo e investigador da Universidade de Évora e do Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid. Por isso, o resultado da investigação aponta que a extinção de anfíbios vai acelerar ao longo deste século.
O estudo também concluiu que as áreas de maior riqueza de espécies - África, América do Sul e Andes - são também as mais expostas aos perigos. Mais de dois terços dos hotspots de biodiversidade serão fortemente afectados até 2080 por, pelo menos, uma das três ameaças estudadas
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