A NASA divulgou ontem (10 de Novembro) um vídeo onde o cientista de Heliofísica Alex Young, do Goddard Space Flight Center da NASA, fala o sobre a actividade natural do Sol, uma resposta da ciência a alguns pessimistas que querem fazer crer que a nossa estrela pode originar uma explosão de tal modo poderosa, capaz de destruir a Terra, e já em 2012.
De acordo com com a agência espacial, se o mundo acabar, a culpa não será do Sol, apesar de ele originar, por vezes, grandes erupções electromagnéticas e de partículas, levando as pessoas a recear que alguma dessas tempestades solares possa ser suficientemente intensa para provocar a destruição do planeta.
O facto da actividade solar está a aumentar, em consequência do ciclo solar padrão de 11 anos, caminhando para o seu máximo, faz com que alguns acreditem que 2012 será a ano para tal explosão assassina. No entanto, o ciclo solar já ocorre há milénios, naturalmente, sem quaisquer problemas, a atmosfera terrestre sempre protegeu o planeta. Além disso, o próximo máximo solar está previsto para ocorrer no final de 2013 ou início de 2014, não 2012.
"Mais importante, contudo, simplesmente não há energia suficiente no sol para enviar uma bola de fogo assassino percorrendo 93.000 mil milhas para destruir a Terra", como pode ler-se no artigo da NASA que acompanha o vídeo.
O Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) captou esta imagem de uma erupção solar, no início 28 de Outubro de 2003, a mais poderosa explosão solar medida com métodos modernos - Crédito: NASA/SOHO
Isto não significa que a actividade solar não afecta o nosso planeta. Enquanto o calor explosivo que acompanha uma erupção solar se perde no caminho até à Terra, a radiação eletromagnética e as partículas energéticas atingem a Terra.
As erupções solares podem alterar temporariamente a atmosfera superior, criando rupturas nas comunicações na Terra, por exemplo, ao interferir com os satélites GPS.
As ejecções de massa coronal (CME) podem perturbar ainda mais. Estas explosões solares atiram jactos de partículas e flutuações eletromagnéticas na atmosfera da Terra. Estas flutuações podem induzir flutuações elétricas ao nível do solo e provocar cortes de energia eléctrica. Além disso, também podem interferir com os satélites e interromper os seus sistemas.
Num mundo cada vez mais tecnológico, onde quase tudo depende de telefones celulares, navegação por satélite que controla carros, barcos e aviões e, ainda, relógios extremamente precisos que governam as transações financeiras, cada vez mais a previsão do tempo espacial é necessária.
O estudo do Sol e da sua actividade melhora o conhecimento do clima espacial e permite previsões cada vez mais correctas sobre o modo como a nossa estrela afecta o espaço que nos envolve e, assim, poder tomar as medidas de protecção mais apropriadas.
De qualquer modo, segundo a NASA, as erupções solares podem tornar a nossa vida mais escura e sem rumo, mas, "mesmo no seu pior, não são fisicamente capazes de destruir a Terra".
Fonte: NASA
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