A missão russa Phobos-Grunt vai recolher amostras de solo da maior lua de Marte. Está programada para ser lançada do Cosmódromo de Baikonur, hoje, terça-feira (8 de Novembro), no Cazaquistão (Reprodução)
Nesta terça-feira, 8 de Novembro, a Roscosmos (Agência Espacial Federal Russa) lança uma nave espacial robótica até Phobos, a maior lua de Marte. A missão Phobos-Grunt durará três anos e tem o objectivo de recolher uma amostra de solo e devolvê-la à Terra até 2014. Alguns instrumentos vão ficar na lua para realizar observações científicas.
A lua Phobos, em forma de batata, tem apenas 27 km de comprimento, e a maioria dos cientistas acha que é um asteróide capturado pela gravidade de Marte, há muito tempo.
Os asteróides são restos do sistema solar primitivo, que não foram incorporados nos planetas. Para os cientistas, a poeira de Phobos deve conter pistas para a formação dos planetas do Sistema Solar. Além disso, pode ajudar o estudo da história antiga de Marte e a sua evolução, nomeadamente na possibilidade de conter ambientes favoráveis à vida, presente ou passada, pois algumas das poeiras de Phobos poderão ter vindo do próprio planeta vermelho devido aos impactos dos meteoritos.
O vídeo mostra uma animação sobre a missão russa a Phobos.
Para além do seu objectivo principal, a missão Phobos-Grunt também transporta a primeira sonda chinesa para estudar Marte, a "Mars China", uma pequena nave espacial chamada Yinghuo 1, que se vai separar da Phobos-Grunt e entrar em órbita do Planeta Vermelho. A missão leva também uma cápsula cheia de micróbios, preparada pela Planetary Society, nos Estados Unidos, para investigar como formas de vida sobrevivem e se comportam em voos espaciais de longa duração.
Fonte: Space.com
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