Ilustração do sistema panetário à volta da estrela anã vermelha Gliese 581d - Fonte: wikipédia
O Gliese 581d foi descoberto em 2007 e pertence ao sistema planetário de uma estrela anã vermelha, Gliese 581, com pelo menos quatro planetas, a cerca de 20 anos-luz, na constelação de Balança, na Via Láctea.
Gliese 581d é o planeta maior e está situado na fronteira exterior da região habitável do sistema estelar, onde pode haver água no estado líquido – uma das principais condições que permitiu a existência de vida na Terra. No entanto, o planeta foi considerado demasiado frio para a vida.
Zona habitável (azul) para o Sistema Solar e Sistema Estelar Gliese 581 (o planeta g pode não existir) - Fonte: wikipédia
Embora seja provávelmente um planeta rochoso, Gliese 581d tem uma massa de pelo menos sete vezes a da Terra, e cerca de duas vezes o seu tamanho. Além disso, só recebe menos de um terço da radiação solar que alcança a Terra e pensa-se que esteja sempre com o mesmo lado virado para o seu sol.
Wordsworth e os colegas desenvolveram um novo tipo de modelo computacional capaz de simular com precisão climas possíveis num planeta extra-solar. O modelo simula a atmosfera e a superfície do planeta em três dimensões, um pouco como se faz para estudar as alterações climáticas na Terra.
O modelo climático desenvolvido pela equipa é baseado em princípios físicos fundamentais, permitindo a simulação de uma gama muito ampla de condições, incluindo qualquer mistura de gases atmosféricos, nuvens e aerossóis.
Com surpresa, os cientistas descobriram que, com uma atmosfera densa em dióxido de carbono, um cenário provável para um planeta tão grande – o clima de Gliese 581d não só é suficientemente estável para evitar o colapso como é suficiente quente para haver oceanos, nuvens e chuva, tornando-o o primeiro planeta exterior da zona habitável.
Os cientistas esperam que telescópios mais potentes no futuro possam observar directamente a atmosfera de Gliese 581d e testar o modelo teórico sugerido. Se o planeta se revelar habitável, eles consideram que ainda seria um lugar "muito estranho para visitar - o ar denso e as nuvens espessas manteriam a superfície debaixo de um crepúsculo perpétuo vermelho, e a sua grande massa significa que a gravidade seria o dobro da gravidade da Terra."
Fonte: Science Daily / Público.pt
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