Estrutura interna de Io, lua de Júpiter, de acordo com dados da sonda Galileo, da NASA. A crosta de baixa densidade, com cerca de 30 a 50 km de espessura, tem cor cinza na secção transversal. Sob a crosta, está o recém-descoberto "oceano" de magma, derretido ou parcialmente derretido - também conhecido como astenosfera - colorido de vermelho, e com uma espessura superior a 50 Km. O manto surge amarelo-dourado. O manto é constituído de rochas ultrabásicas, ricas em silicatos de ferro e magnésio, capazes de conduzir a corrente eléctrica quando fundidas. As rochas ultrabásicas têm uma origem ígnea, isto é, formam-se a partir do arrefecimento do magma. Acredita-se que as rochas ultrabásicas terrestres derivaram do manto. O núcleo de Io, com cerca de 600 a 900 km de raio, é composto de ferro e sulfureto de ferro, prateado na imagem. Io está sob a influência do campo magnético de Júpiter, representado pelas suas linhas de campo (linhas azuis) que unem a região polar norte à região polar sul de Júpiter - Crédito: NASA / JPL / University of Michigan / UCLA
As sondas Voyager, da NASA, descobriram os vulcões de Io, em 1979, fazendo com que esta lua seja o único corpo conhecido do Sistema Solar, para além da Terra, a ter vulcões activos de magma. A actividade vulcânica resulda da compressão e alongamento de Io devido à gravidade de Júpiter.
Io produz cerca de 100 vezes mais lava a cada ano do que todos os vulcões da Terra. Os vulcões da Terra ocorrem em pontos localizados, como acontece com o "Anel de Fogo", em torno do Oceano Pacífico, mas os vulcões de Io são distribuídos por toda a superfície. Este facto explica-se pela existência de um oceano global de magma a cerca de 30 a 50 km abaixo da sua crosta.
Segundo alguns cientistas, o vulcanismo de Io mostra como pode ter sido a actividade vulcânica da Terra e da nossa Lua há biliões de anos, no início da sua formação, com um oceano de magma semelhante, antes de arrefecer.
Fonte: NASA
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