sábado, 28 de maio de 2011

Chuva de cristais no Cosmos

O Telescópio Espacial Spitzer, da NASA detectou minúsculos cristais verdes, de olivina, caindo sobre uma estrela em desenvolvimento, LÚPULO-68, na constelação de Orion.
Os astrónomos sugerem que os cristais se formaram perto da superfície da estrela em formação, em seguida, foram transportados para dentro da nuvem exterior, onde as temperaturas são muito mais frias e, finalmente, voltam a cair.

Imagem da estrela embrionária LÚPULO-68 (seta), obtida em luz infravermelha, pelo Spitzer, da NASA.

Pensa-se que os cristais de olivina são transportados para a nuvem exterior, à volta da estrela em desenvolvimento, através de jactos de gás que explodem longe da estrela embrionária, onde as temperaturas são suficientemente altas para formar os cristais. Deste modo eles chegam até à nuvem externa, onde as temperaturas são muito mais frias.

Os astrónomos dizem que os cristais estão a cair de volta para o disco de pó de formação planetária que envolve a estrela, como mostra a ilustração.

Estes resultados podem explicar o facto dos cometas, que se formam na periferia gelada do nosso sistema solar, conterem o mesmo tipo de cristais. Os cometas nascem em regiões muito mais frias que as temperaturas escaldantes necessárias para formar os cristais, cerca de 1.300 graus centígrados (700 graus Celsius). A principal explicação diz que os cometas adquiriram os cristais porque os materiais se misturaram no disco de formação planetária, no jovem sistema solar. Deste modo, os materiais que se formaram perto do Sol, como os cristais, eventualmente migraram para o exterior, as regiões mais frias do Sistema Solar.
Crédito imagens: NASA / JPL-Caltech / Universidade de Toledo

Fonte: NASA

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