Ilustração da sonda Aquarius (Aquário), uma colaboração entre a NASA e a Agência Espacial da Argentina, com participação do Brasil, Canadá, França e Itália. A sonda espacial irá medir, pela primeira vez, a salinidade da superfície do oceano, com início provável em Junho de 2011 - Crédito: NASA
As informações obtidas nesta missão serão usadas para estudar o papel dos oceanos no ciclo global da água na Terra e a sua ligação às correntes oceânicas e ao clima. Sabe-se que a salinidade e a temperatura é que determinam a densidade das águas superficiais do oceano. Até agora, os estudos de satélites da Terra já mediram a temperatura da superfície do mar e outras características como os ventos, vapor de água, nível do mar e a cor do oceano.
Segundo Gene Feldman, responsável da missão Aquarius no Centro Goddard Space Flight, da NASA, em Maryland, o oceano é essencialmente o termóstato da Terra, pois ele armazena a maior parte do calor, e é preciso compreender como é que as variações de salinidade afectam a circulação das correntes oceânicas.
Simulação da salinidade da superfície dos oceanos para os instrumentos científicos da missão internacional Aquarius - Crédito: NASA
Alguns estudos recentes mostram que o ciclo da água na Terra está a acelerar em consequência das alterações climáticas, o que afecta os padrões de precipitação global.
Para Gary Lagerloef, principal investigador Aquário no Earth & Space Research, em Seatle, "Ao medir a salinidade na superfície do oceano, o Aquário será capaz de acompanhar a forma como o ciclo da água está a mudar em resposta às alterações climáticas.”
A sonda Aquário vai colher dados continuamente, enquanto voa numa órbita quase polar, circulando a Terra 14 a 15 vezes por dia. O campo de visão do instrumento é de 390 Km de largura, e vai fornecer um mapa global da salinidade da superfície dos oceanos livres de gelo a cada sete dias, pelo menos durante três anos.
Fonte: NASA
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