quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vida nova num velho aglomerado de estrelas

O aglomerado globular Messier 5, nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble da  ESA / NASA, é um dos mais antigos da Via Láctea. A maioria das suas estrelas formaram-se há mais de 12 biliões de anos, mas também existem algumas estrelas jovens.

Os astrónomos têm visto muitas estrelas azuis jovens no aglomerado antigo Messier 5 - Crédito: ESA/Hubble & NASA

Nos aglomerados globulares as estrelas formam-se no mesmo 'berçário' e desenvolvem-se todas juntas. As estrelas mais massivas envelhecem rapidamente, esgotando o seu combustível em menos de um milhão de anos, acabando por explodir em supernovas, por vezes espectaculares.
Com este processo, o aglomerado antigo Messier 5 deveria ter apenas estrelas velhas e de baixa massa que, à medida que envelheceram e arrefeceram, se tornaram gigantes vermelhas, enquanto as estrelas mais velhas evoluiram ainda mais para estrelas azuis do ramo horizontal ( fase posterior da evolução estelar de estrelas de massa intermedia).
No entanto, os astrónomos têm visto muitas estrelas azuis jovens no aglomerado, entre as estrelas antigas mais luminosas. Eles acreditam que estas estrelas jovens retardatárias, chamadas "retardatários azuis", foram criadas por colisões estelares ou pela transferência de massa entre as estrelas binárias. Tais eventos são fáceis de imaginar em áreas densamente povoadas dos aglomerados globulares, onde alguns milhões de estrelas estão muito próximas .
Fonte: ESA/Hubble

Sem comentários: